Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título A ÉTICA QUE PERMEIA O SABER DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM DIANTE A MORTE
Autores
JULIANA GOMES BASTOS (Relator)
AMUZZA AYLLA PEREIRA DOS SANTOS
ALINE GOMES AMORIM
MARIA VALQUÍRIA CHAGAS
NATHÁLIA NASCIMENTO LIMA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Ao conceituar a ética enquanto disciplina, FORTES (1998) se refere à reflexão crítica sobre o comportamento humano, reflexão que interpreta, discute e problematiza, investiga os valores princípios e o comportamento moral, à procura do “bom”, da “boa vida”, do “bem-estar da vida em sociedade”. A equipe de enfermagem, no decorrer de sua prática, depara com um dos maiores conflitos da existência que é a morte, que traz consigo seus limites, e o que deve ser feito diante da barreira entre a vida e a morte. OBJETIVO: Identificar os dilemas da morte perante o trabalho da enfermagem. METODOLOGIA: Estudo descritivo, exploratório, proveniente de revisão bibliográfica. Realizamos uma revisão da literatura, a partir do acesso à base de dados LILACS e SciELO e publicações em artigos científicos. RESULTADOS: Houve um tempo em que nosso poder perante a morte era muito pequeno. E, por isso, os homens e as mulheres dedicavam-se a ouvir sua voz e podiam torna-se sábios na arte de viver. Hoje, nosso poder aumentou, a morte foi definida como inimiga a ser derrotada foi possuída pela fantasia onipotente de nos livrarmos de seu toque. Com isso, nós nos tornamos surdos às lições que ela pode nos ensinar. .Mas até quando a vida é necessária? Até quando prolongá-la? Ou até quando aguentá-la? O que fazer quando não se tem mais nada a fazer? A equipe de Enfermagem busca por vezes poupar seus pacientes desta forte emoção, porém o próprio corpo fala, em algum momento a patologia rompe a barreira do silêncio biológico. Privá-lo disto é destituí-lo da condição de sujeito e cercear o exercício da autonomia. Negando este direito o profissional de enfermagem está infringindo o artigo 20 do seu código de ética, onde participa no esclarecimento da pessoa e da família e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca de seu estado de saúde e tratamento. CONCLUSÃO: A constatação da morte como finitude humana é deletada da consciência do homem, sendo temida por muitos, talvez seja, por colocar o homem frente à destruição ou inacabamento de seus sonhos, desejos, e a perda de pessoas insubstituíveis que com elas construíram uma história. O doente terminal sofre, e esse sofrimento também nos reflete, não sendo errada a sensação de fragilidade, vulnerabilidade e medo da própria morte, pois são elementos de nossa condição humana, tornado-se difícil por conta que passaremos pelo mesmo esquecimento, pelo mesmo fim.