Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título SEGURANÇA TRANSFUSIONAL: PROTEÇÃO E CUIDADO DA ENFERMAGEM NO BLOCO CIRÚRGICO
Autores
KELLY LINHARES VASCONCELOS (Relator)
ANTONIA ABIGAIL DO NASCIMENTO
NARA RAQUEL FONTELES RIOS
ANTONIA DE CÁSSIA DO NASCIMENTO
TEREZINHA ALMEIDA DE QUEIROZ
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: Toda hemotransfusão envolve riscos, sejam eles decorrentes de falhas no ciclo produtivo do sangue, da má indicação, de erros no ato transfusional ou de fatores inerentes ao próprio receptor. Tendo em vista as consequências graves das reações transfusionais, em especial as reações potencialmente fatais associadas a incompatibilidade do sistema ABO, o ato transfusional deve ocorrer somente sob as condições sanitárias adequadas e sob a supervisão de profissionais habilitados. A hemotransfusão é um procedimento comum na área cirúrgica, e a equipe de enfermagem necessita encontrar-se habilitada para atuar nesse procedimento estando ciente dos riscos inerentes e buscando priorizar a segurança do paciente. Objetivo: Esta pesquisa tem como objetivo averiguar a prática no manuseio das bolsas de hemocomponentes no bloco cirúrgico de grande porte. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem quantitativa. O estudo foi desenvolvido em julho de 2009 em um hospital de ensino da região norte do Ceará. A coleta de dados deu-se através de um formulário preenchido pelos enfermeiros plantonistas. Os dados foram analisados através de gráficos e tabelas. Resultados: Foram coletados dados referentes a 23 transfusões ocorridas nos setores de centro cirúrgico e sala de recuperação pós-anestésica. Os dados demonstraram que em 91,3% dos casos os hemocomponentes a serem transfundidos foram recebidos em acondicionamento apropriados e apenas 8,7% foram recebidos em mãos, sem nenhum acondicionamento. Em 21,7% das transfusões não foram seguidos os critérios de segurança, pois não houve checagem dupla pelo enfermeiro e pelo técnico. Em 17,4% os profissionais observaram apenas o nome do paciente e os outros 82,6% observaram nome, data de nascimento e número de registro do paciente. Das 23 transfusões, 4,3% foram instaladas por Enfermeiro, 60,7% pelos técnicos da agência transfusional e 34,8% pelo técnicos do setor. Identificou-se que 91,3% desses hemocomponentes foram administrados tão logo foram recebidos e os demais ficaram sem acondicionamento adequado na sala de cirurgia até a realização do procedimento transfusional. 8,7% das bolsas não tinham uma identificação de boa visibilidade. Conclusão: Foi observado que na maioria das transfusões, o acondicionamento, o procedimento de infusão e as regras de checagem foram implementadas da maneira correta, contudo ainda existem falhas que podem comprometer a segurança do ato transfusional.