Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título PROGRAMA DE INTERNAMENTO DOMICILIAR (PID): RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL SECUNDÁRIO EM FORTALEZA-CE
Autores
TICIANNY MUNIK SILVA SANTOS (Relator)
ROSIANE ARAÚJO PEREIRA
LUCIANA MARIA DE OLIVEIRA NASCIMENTO
LÉA DIAS PIMENTEL GOMES VASCONCELOS
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Relato de experiência

Resumo
O envelhecimento da população, a cronicidade de muitas doenças, a necessidade de garantia da continuidade da assistência e o alto custo da atenção hospitalar mostram a necessidade de se pensar em novas formas de atuação, novos espaços e processos de trabalho que incluem: hospital-dia, internações domiciliares, cuidados domiciliares e preparação para o autocuidado, tudo isso incorporando o conhecimento pré-existente nas famílias e nas comunidades. A Internação Domiciliar é regulamentada pela portaria nº 2416 de Março de 1998, na qual se estabelecem os requisitos para o credenciamento do Hospital na realização da internação domiciliar e sobre o perfil da população que deve ser atendida. O atendimento é realizado por uma equipe multidisciplinar em visitas diárias, podendo ainda ser necessária a permanência de um profissional de enfermagem em períodos pré-estabelecidos. A finalidade deste estudo foi relatar a experiência vivenciada enquanto Enfermeira de um Programa de Internamento Domiciliar (PID). O Programa de Internamento Domiciliar era vinculado a um Hospital Distrital de atendimento secundário na cidade de Fortaleza-Ce, foi criado em 23/01/2007 e funcionou até 30/11/11, atendendo 256 pacientes que permaneciam no programa por 30 dias. O atendimento era direcionado aos pacientes clínicos e cirúrgicos que estiveram internados no referido hospital, portadores de úlceras de pressão, pés diabéticos e acamados por acidente vascular cerebral. Com a alta hospitalar e encaminhamento médico, os pacientes que residiam em áreas de risco e sem cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF) eram beneficiados com o atendimento domiciliar semanal. As atividades desenvolvidas pela enfermeira consistiam em tratamento de feridas e ostomias, cuidados na manutenção de sondas e cateteres e orientações de higiene e autocuidado. As ações da equipe contribuíam na redução das reinternações e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. O estabelecimento de uma relação de confiança com os cuidadores era de fundamental importância para o sucesso do tratamento e possibilitou o ensino de práticas mais eficazes na prestação de um cuidado domiciliar efetivo e referenciado.