Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ADOECIMENTO E HOSPITALIZAÇÃO DE UM FILHO: FATORES INTENSIFICADORES DO SOFRIMENTO MATERNO
Autores
LUIZA LUANA DE ARAUJO LIRA BEZERRA (Relator)
SARAH VIEIRA FIGUEIREDO
ILVANA LIMA VERDE GOMES
JULIANA VIEIRA FIGUEIREDO
VIVIANE PEIXOTO DOS S. PENNAFORT
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: É a figura materna a mais presente durante a internação da criança. Essa mãe, ao acompanhar o internamento do filho, sofre ao seu lado, pois o adoecimento e internação são fontes de ansiedade, que muitas vezes são intensificadas se a criança não tiver um diagnóstico estabelecido ou se a mesma não tiver esclarecidas as suas dúvidas quando ao estado de saúde do filho. Portanto, os profissionais de saúde não mais podem ver a criança fora do contexto familiar, eles precisam lembrar-se que a mãe faz parte da atenção a criança, sendo também objeto de cuidado. Objetivo: Descrever os fatores que intensificam o sofrimento materno diante do adoecimento e hospitalização de um filho. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa, realizado em um hospital público do município de Fortaleza, direcionado exclusivamente à atenção infantil e do adolescente. Os sujeitos da pesquisa constituíram-se de 14 mães acompanhantes. Para a coleta dos relatos utilizou-se de uma entrevista semi-estruturada, após parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa do referido hospital (031/2011), com uma questão guia: O que significa para a senhora a hospitalização do seu filho? Na análise das informações, foram seguidas as etapas recomendadas por Minayo. Resultados: A partir da análise dos discursos foram identificados fatores intensificadores do sofrimento materno relacionado à hospitalização de um filho: 1. As dúvidas quanto à hospitalização da criança: A falta de informações adequadas e coerentes, fato gerador de grande ansiedade; 2. A distância dos demais familiares: Muitas vezes com a ausência do apoio familiar, a mãe absorve todas as tensões para ela; 3. Experiências anteriores de hospitalização: A família vivencia com uma maior ênfase as vulnerabilidades preexistentes e sofre influência das experiências pregressas relacionadas ao adoecimento e a internação; 4. Longo período de internação hospitalar: Quando a hospitalização da criança se prolonga, a situação se torna mais complexa estando normalmente associada à cronificação da doença; 5. Relacionamentos deficientes entre as mães e os profissionais de saúde. Conclusões: A partir dos resultados é possível compreender o sofrimento das mães acompanhantes, que vivenciam a internação permeadas por diversos fatores que intensificam esse sofrimento. Através desse conhecimento tem-se a oportunidade de propiciar uma contribuição para um cuidado mais humanizado ao binômio mãe e filho.