Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: O OLHAR DAS FAMÍLIAS COM PACIENTES INTERNADOS EM HOSPITAIS GERAIS DE TERESINA
Autores
LORENA KAREN DE MORAIS MOURA (Relator)
TANIA MARIA DE MELO RODRIGUES
RENATA MARIA DA COSTA GOMES
LORENA ROCHA BATISTA CARVALHO
KATIANY DE MORAES MOURA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: No Brasil, o transplante de órgãos, por doação ao Estado, somente pode ser realizado após a morte cerebral do doador, podendo ser natural ou acidental, e com o simultâneo funcionamento dos órgãos que serão doados, sendo que essa Morte Encefálica (ME) deve ser precisamente diagnosticada por uma equipe médica; e o transplante deve ser autorizado pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT) e pelo Sistema Único de Saúde (SUS).OBJETIVO: Descrever o olhar das famílias com pacientes internados em hospitais gerais do município de Teresina sobre o processo de doação de órgãos.METODOLOGIA: Trata-se de um estudo qualitativo, no qual teve como sujeitos 29 familiares de primeiro grau, na condição de acompanhante de pacientes internados em hospitais gerais da rede municipal de Teresina (PI). Ter familiares internados em enfermarias da clínica médico-cirúrgica, independente da patologia, tempo de internação, idade, sexo e aceitar participar da pesquisa eram os critérios de inclusão dos sujeitos. Na produção dos dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada. Os dados foram coletados no período de agosto a outubro de 2010, após autorização da instituição e aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com o parecer CAAE nº. 0280.0.043.000-10. Todos os entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme a Resolução 196/96. RESULTADOS: Os resultados alcançados pela análise das falas dos sujeitos permitiram uma interpretação eficiente acerca do processo de doação de órgãos e, assim, os dados obtidos puderam ser distribuídos em duas categorias: a percepção da família sobre doação de órgãos nesta categoria, foi possível observar nas falas dos familiares entrevistados como eles percebem o processo de doação de órgãos e sua capacidade em autorizar a doação de um órgão seu ou de um membro da família. Os depoimentos mostram que os familiares percebem o processo de doação como um gesto para salvar vidas, de colocar-se no lugar do outro e dar chance a alguém para continuar a viver. CONCLUSÃO: O olhar das famílias é ainda insuficiente e limitado sobre o processo de doação de órgãos; a maioria exprimiu ser favorável à doação de um órgão seu, mas demonstrou contradição quando se perguntou sobre a autorização para doar órgãos de familiar; fez-se alusão à televisão como o único meio para obter conhecimento sobre o assunto; os entrevistados também evidenciaram não confiar no sistema de captação e distribuição de órgãos.