Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título O CONHECIMENTO E A ATITUDE DO ENFERMEIRO EM FACE DO PRINCÍPIO BIOÉTICO DA AUTONOMIA
Autores
ÁGATHA AILA AMÁBILI DE MENESES GOMES (Relator)
MORGANA MARIA DA SILVA LIMA
JULIANA TEIXEIRA NUNES
EDIANNE SÍLVIA LUSTOSA CESAR
MARINALVA FERNANDO DA SILVA LIMA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O princípio da autonomia assegura o direito do paciente em tomar decisões relacionadas ao tratamento e cuidados a ele prestados. Sob essa perspectiva, a enfermagem tem fundamental importância, pois possui uma proximidade mais constante com o cliente, o que lhe permite um poder de influência sobre o mesmo, facilitando o exercício de sua autonomia. OBJETIVO: O presente estudo objetiva a análise do conhecimento e da atitude do enfermeiro em face do princípio da autonomia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, que aborda a postura do enfermeiro diante do autogoverno do cliente. Selecionaram-se 8 artigos nacionais, em textos completos, com autoria ou colaboração de enfermeiros, publicados no período de 2005 a 2010 na BVS, utilizando os descritores "bioética", "autonomia pessoal", "ética em enfermagem". RESULTADOS: Constatou-se que uma parcela significativa de enfermeiros não respeita o princípio da autonomia, conforme mencionado em 75% dos artigos estudados. Dentre as razões desse comportamento, destacam-se o domínio do conhecimento do enfermeiro sobre a necessidade e o desconhecimento do paciente (50%), a comunicação inadequada entre a equipe de saúde (25%), a remissão do enfermeiro frente à autoridade do médico (25%) e a não-disponibilização de tempo do profissional para fornecer informações necessárias ao cliente (12,5%). O enfermeiro por ser detentor de um maior conhecimento acerca da terapêutica instituída tem como dever fornecer informações ao paciente sobre seu estado de saúde. Entretanto, o que se observa em 62,5% dos textos lidos é um fornecimento precário ou ausente de tais dados. Uma explicação para tal resultado refere-se à interpretação errônea do princípio da autonomia por parte dos enfermeiros, o qual muitas vezes é visto como sinônimo de carência. Os relatos evidenciam ainda o desconhecimento do paciente sobre seu direito de informações referentes à sua internação hospitalar e à participação nas decisões de seu tratamento, o que leva a uma não-manifestação de sua autonomia. CONCLUSÃO: Conforme o referido estudo, percebe-se a importância do conhecimento do enfermeiro acerca do princípio da autonomia, a fim de que o mesmo reflita sobre sua conduta, e assim, possa melhorá-la, trazendo uma relação enfermeiro-cliente mais digna, consciente e participativa.