Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título CAMINHOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL EM CAJAZEIRAS – PB PARA REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
DEBORA AMORIM DE VASCONCELOS (Relator)
ADRIANA RAMALHO NASCIMENTO
ÁLISSAN KARINE LIMA MARTINS
MARLENY ANDRADE ABREU
SUZANA FONTES LEITE
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Relato de experiência

Resumo
O Movimento Antimanicomial tem como proposta a transformação dos serviços psiquiátricos, a inclusão social e o respeito aos portadores de transtornos mentais. Tal movimento implica na ressocialização e desinstitucionalização do usuário através de uma dimensão sócio-cultural realizada por ações que instituem a prática da solidariedade e cidadania através de docentes, discentes, profissionais da rede de atendimento em saúde mental e da sociedade em geral, envolvendo familiares e principalmente o sujeito-cidadão na cidade de Cajazeiras - PB. Este relato tem como objetivo mostrar as ações e mobilizações durante o dia 18 de maio de 2012, procurando enfatizar a sensibilização da população durante a caminhada onde a loucura deve ser compreendida como apenas um desajustamento do indivíduo dentro do meio em que vive, abrindo assim novas perspectivas de acolhimento e construção de uma sociedade fundada em valores que afirmem direitos e dignidade de uma pessoa com transtornos psíquicos. Para viabilização de tal proposta, foram realizados encontros prévios com docentes, discentes do curso de Enfermagem da UFCG - Campus Cajazeiras e profissionais da saúde do município, para identificação de prioridades e decisão da possível programação a respeito desse dia de Luta Antimanicomial e de sua inclusão na Semana Acadêmica de Enfermagem, planejamento que incluiria o convite aos participantes. Durante a caminhada houve a utilização de propagandas sonoras, cartazes e panfletagem falando sobre o Movimento Antimanicomial e a importância do indivíduo na sociedade, a população pode compreender que a causa do transtorno mental está ligado a fatores ambientais, e que o problema só pode ser solucionado através de uma posição sócio-econômica-cultural, percebendo assim, que os hospitais psiquiátricos privam o indivíduo de obter seus direitos, e consequentemente a subjetividade. A caminhada foi encerrada com um café da manhã para a comunidade gerando integração entre os participantes da mesma. Após a passeata houve uma palestra com um psiquiatra pioneiro sobre o assunto, trazendo sugestões aos futuros enfermeiros e aos trabalhadores em Saúde Mental sobre como lidar com um paciente em crise e a importância da relação enfermeiro-paciente. Este trabalho permitiu encaminhamentos segundo a proposta da reabilitação psicossocial através da produção de novas subjetividades e a capacidade do sujeito estabelecer trocas sociais, sendo o enfermeiro mediador dessas ações de promoção da saúde mental.