Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título OCORRÊNCIA DE PARTOS CESÁREOS NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ-RN: UM ESTUDO RETROSPECTIVO DOS ANOS 2005 A 2010
Autores
JESSICA MICAELE REBOUCAS JUSTINO MENEZES (Relator)
KÊNNIA STEPHANIE MORAIS OLIVEIRA
MARIA DAYANNE SOARES DE OLIVEIRA
TATIANE APARECIDA QUEIROZ
AMÉLIA CAROLINA LOPES FERNANDES
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
O parto cesáreo é um procedimento cirúrgico originalmente desenvolvido para salvar a vida da mãe e/ou da criança, quando ocorrem complicações durante a evolução da gravidez e/ou o parto. No Brasil e em outros países, no entanto, o parto cesáreo tem sido utilizado em larga escala, sem benefícios para as mulheres e recém-nascidos. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, o parto cesáreo já representa 52% dos partos realizados. Sendo que, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é para que as cirurgias cesáreas sejam, no máximo, 15% do total dos partos, limitando-se a situações de risco tanto da mãe quanto da criança. São inúmeros os fatores que contribuem para a escolha do parto cesáreo, dentro destes destacam-se os socioeconômicos e junto a estes, os fatores socioculturais que se modificam entre cada sociedade e com o decorrer do tempo. O estudo teve como objetivo conhecer a ocorrência de partos cesáreos no município de Mossoró-RN no período de 2005 a 2010. Foi realizado um estudo de natureza quanti-qualitativa de caráter exploratório a partir dos dados numéricos sistematizados obtidos mediante o Caderno de Informações de Saúde do município de Mossoró, referentes a informações gerais obtidas e disponibilizadas à Atenção Primária à Saúde, via Ministério da Saúde e DATASUS. E, de acordo com os dados no período de 2005 a 2010, o munícipio de Mossoró-RN apresentou um número correspondente a 35446 partos em sua totalidade, destes, 21410 cesáreos, 13984 vaginais e 52 ignorados. Observa-se então, grande ocorrência de partos cesáreos, constituindo 60,4% dos partos realizados, sendo este avaliado como um alto índice, evidenciando a necessidade de repensar esta prática e sua orientação durante o pré-natal por parte de enfermeiros e médicos, contribuindo de forma positiva para a redução destes dados, que tem interferido na qualidade e humanização da assistência ao parto e nascimento.