Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS (PVHA) – RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS ENFERMEIRAS RESIDENTE
Autores
VIRGINIA LUIZA SILVA COSTA (Relator)
NATALIA ARAUJO DE ALMEIDA
PÂMELA KIVIA CORRÊA SILVA E LIMA
NEUDSON JOHNSON MARTINHO
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: As infecções oportunistas em pessoas vivendo com HIV/AIDS são consideradas de caráter crônico evolutivo e potencialmente controlável a partir do surgimento da terapia anti-retroviral combinada (TARV) e da disponibilização de marcadores biológicos, como CD4 e carga viral, para o monitoramento de sua progressão. Tais avanços tecnológicos contribuíram de forma positiva para qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), porém, o cotidiano profissional nas unidades de saúde tem demonstrado que o cuidado de enfermagem enquanto processo educativo e apoio psicológico são imprescindíveis na evolução positiva da terapia. Objetivo: Socializar experiência vivenciada por enfermeiras residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e do Idoso do Hospital Universitário Júlio Muller – HUJM no cuidado prestado a PVHA. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, caracterizado pela descrição do cuidado vivenciado por enfermeiras residentes a PVHA a nível ambulatorial e em situação de internamento hospitalar, durante o 2º semestre de 2011. Resultados: Durante a prática desenvolvida na residência multiprofissional com PVHA, foram efetivados cuidados de Enfermagem no âmbito da assistência, educação e gerenciamento do cuidado, corporificado em ações de educação em saúde ao cliente e família, consulta de enfermagem na qual se realizava o aconselhamento pré e pós-teste, solicitação e interpretação de exames conforme respaldo legal assegurado pelo COFEN, ações interdisciplinares junto ao PVHA e família. Conclusão: É factual que o PVHA em situação de agravamento da doença e sofrimento psíquico demanda da equipe de enfermagem ações biopsicossociais com interface na interdisciplinaridade que transceda ao olhar patológico, mas, que contemple aspectos relacionados ao sofrimento vivenciado pelo cliente e sua família. Durante a residência observamos que esse sofrimento alcança seus picos no momento do recebimento do diagnóstico de portador de HIV e quando surgem as infecções oportunistas, cujos fatores determinantes perpassam pelo sentimento de vergonha, culpa e medo do estigma social. Apenas entregar os medicamentos da TARV sem uma relação dialógica de apoio psicológico e social a PVHA, tem demonstrado não resultar na qualidade de vida deste, pois alguns chegam a se negar tomar os medicamentos por se encontrarem em franco sofrimento psíquico, legitimados por depressão, revolta e negação da sua condição de portador de HIV.