Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título CONSULTA PUERICULTURA: DESAFIOS ENFRENTADOS PELOS ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Autores
JESSICA BARBOSA SAMPAIO (Relator)
JANICE RUTH ANACLETO FERNANDES DANTAS
CLAUDIA MARIA FERNANDES
ARIELI RODRIGUES NÓBREGA VIDERES
EMILIA FERNANDES PIMENTA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A Puericultura vem procurando atuar, dentro da perspectiva da atenção básica, sobre o binômio mãe-filho, buscando assegurar o crescimento e desenvolvimento da criança na plenitude de suas potencialidades e, consequentemente, atuando na qualidade de vida das crianças incluídas nessa assistência. Nesse sentido, o enfermeiro deve desempenhar seu trabalho com ações não apenas clínicas, mas com uma concepção epidemiológica e social, relacionando-as intimamente com o complexo saúde indivíduo-família-comunidade. Objetivo: Descrever as principais dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) para realizar a consulta de puericultura. Metodologia: Pesquisa exploratória-descritiva com abordagem quantiqualitativa realizada nas ESF’s do município de São João do Rio do Peixe (PB). A população/amostra foi constituída por oito enfermeiros que atuam nessas unidades. Os dados coletados no mês de maio de 2010 através de um roteiro de entrevista semi-estruturado foram analisados através da estatística descritiva e da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo à luz de Lefèvre e Lefèvre. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria (CZ/PB) sob protocolo nº 493042010. Resultados: Observou-se um perfil de profissionais adultos (62,5%), sexo feminino (62,5%), casados (87,5%), especialistas (75%), com mais de quatro anos de formação e atuação na ESF (75%). 75% dos enfermeiros disseram realizar a consulta de puericultura na unidade, enquanto outros 25% desconhecem tal prática, alegando não possuir nenhuma dificuldade com a mesma. Contudo, dentre as principais dificuldades elucidadas pelos enfermeiros no manejo desta atividade destacam-se a falta de estrutura física adequada, precariedade de recursos materiais, interferência dos conhecimentos empíricos da população e falta de habilidade profissional. Conclusão: Para melhorar o acesso e a qualidade da atenção prestada, é necessário que as ações e serviços realizados no cuidado à criança sejam garantidos com capacidade estrutural, investimento nos recursos humanos e uma definição de uma política intersetorial capaz de contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Isso é importante, pois requer dos gestores locais de saúde o desenvolvimento de um olhar epidemiológico e de vigilância acerca da problemática.