Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A UM PACIENTE COM ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
NADIA ALESSA VENÇÃO DE MOURA (Relator)
VALÉRIA BOSON CASTRO
MARIA AMÉLIA DE OLIVEIRA COSTA
MAYARA DAYANE DE BRITO PEREIRA
ERIKA DOS SANTOS PINHEIRO
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) consiste em uma patologia crônica, progressiva e degenerativa do neurônio moto. É caracterizada por amiotrofia, espasticidade e disartria ou disfagia, devido miofasciculações. Acomete principalmente pessoas entre as faixas etárias de 40 a 60 anos, sem perspectiva de cura, com conseqüências irreparáveis. No Brasil a incidência é de 1,5 casos para 100000 habitantes, e a média de sobrevida corresponde de 2 a 5 anos. OBJETIVO: Descrever a experiência de sistematizar a assistência de enfermagem a um paciente com ELA, vivenciada por uma acadêmica de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência. O estudo ocorreu durante um estagio extracurricular no período de 28 a 31 de março de 2012, utilizando a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) durante a prestação de cuidados ao paciente portador de ELA. RESULTADOS: O paciente, J.B.P., 50 anos, sexo masculino, casado, aposentado, admitido em 06/03/2012 com sonolência, dispneia e torpor, em insuficiência respiratória aguda (IRpA). Foi colocado em ventilação mecânica invasiva (VMI), via tubo orotraqueal para estabilização clínica e internado em uma unidade semi-intensiva, para cuidados apropriados. Entre os diagnósticos de enfermagem, observou-se: eliminação traqueobrônquica e troca de gases prejudicada relacionada a insuficiência respiratória; risco de integridade da pele prejudicada; e processos familiares disfuncionais relacionados ao desconhecimento sobre a patologia. Utilizou-se como intervenções: avaliar os sinais neurológicos; aspirar vias aéreas quanto necessário, avaliar integridade da pele 8/8h e informar a família sobre a patologia e evolução da pessoa com ELA. O cliente evoluiu com melhora do quadro clínico, em VMI por traqueostomia, consciente, orientado, afônico, normocorado, hidratado. Em dieta via oral parcialmente aceita devido disfagia, diurese por dispositivo urinário e evacuações presentes em fralda. Faz uso regular da medicação RILUZOL, para aumento e melhora da sobrevida com a esclerose amiotrófica, já que será dependente de aporte ventilatório por toda a vida, devido às fasciculações em musculatura respiratória. CONCLUSÃO: Conclui-se que a utilização da SAE permitiu uma melhoria da qualidade da assistência a esta patologia que tanto causa dependência, favorecendo a avaliação dos cuidados prestados e uma melhor visualização da prática assistencial do enfermeiro.