Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA ATENDIDAS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DO PIAUÍ EM 2010
Autores
NADIA ALESSA VENÇÃO DE MOURA (Relator)
VALÉRIA BOSON CASTRO
MARIA AMÉLIA DE OLIVEIRA COSTA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O câncer (CA) de mama configura um problema de saúde pública com estimativa de 52 casos novos a cada 100 mil mulheres em 2012 no Brasil e incidência de 24,89 a cada 100 mil mulheres no Piauí, de taxa crescente associada ao ritmo do envelhecimento populacional acrescido das transformações globais de hábitos de vida. A neoplasia maligna de mama é a maior causa de óbito por câncer em mulheres no Brasil, o segundo câncer mais incidente no sexo feminino e responsável por mais de 12% de todas as causas de óbitos no mundo. De etiologia desconhecida, porém com fatores de risco ligados à idade, sistema endócrino e genético. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico das mulheres com diagnóstico de CA de mama que fizeram tratamento em um Hospital Filantrópico de referência em oncologia de Teresina–PI no ano de 2010. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo e avaliativo, com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio da revisão de prontuários eletrônicos de mulheres que realizaram tratamento em 2010 para CA de mama, fornecidos pela Central de Processamento de Dados do Hospital. Foi revisado um total de cem prontuários, escolhidos aleatoriamente, no período de setembro a dezembro de 2011. RESULTADOS: No perfil encontrado de mulheres que fizeram tratamento para CA de mama em Teresina no ano de 2010, constatou-se que a maioria é de raça parda, casada, com ensino fundamental completo, do lar e procedente do interior do Piauí. A combinação de ultrassom mamária, mamografia e biópsia foi mais utilizada como método diagnóstico. O estadiamento mais incidente corresponde ao grau II, em quadrante superior externo da mama. Somente 15% das pacientes evidenciaram metástase, sendo a maioria em região óssea. Do total de pacientes, 78,8% realizaram algum tratamento cirúrgico, 61,3% fizeram radioterapia e 77,5% quimioterapia. Apesar da deficiência de informação, constatou-se que 48,8% das mulheres obtiveram alta do tratamento com seguimento pelos cinco anos posteriores. CONCLUSÃO: O acesso melhorado aos serviços de saúde e às modalidades diagnósticas exerce influência significante na sobrevida dos clientes com diagnóstico de câncer, diminuindo a morbimortalidade por meio da detecção de fases iniciais do desenvolvimento do CA de mama. No entanto, muitas mulheres ainda procuram tardiamente os serviços de saúde o que faz piorar o prognóstico quando o tumor é descoberto em estágios mais avançados, aumentando a taxa de mortalidade.