INTRODUÇÃO: Todos os anos milhares de pessoas sofrem lesões permanentes de cérebro ou medula espinhal no Brasil. As causas mais freqüentes são colisões com veículos, quedas, esportes e recreação (especialmente mergulho), e violência. Os acidentes de trânsito e as violências são um grave problema de saúde pública no Brasil, fazendo anualmente milhares de vítimas e onerando os cofres públicos com gastos em tratamento às suas vítimas. O Brasil é o quinto país do mundo em mortes no trânsito. O neurotrauma inclui as lesões traumáticas que afetam os complexos crânio-encéfalo (traumatismo craniencefálio), coluna-medula espinhal (trauma raquimedular) e dos nervos. Trata-se de importante causa de morte e incapacidade, principalmente na faixa etária denominada economicamente ativa. O profissional enfermeiro tem um importante compromisso ao atuar como agente educador em saúde, devendo intervir para mudar essa realidade. OBJETIVOS: Relatar a experiência do profissional enfermeiro na prevenção primária de traumas crânio-encefálico e/ou raquimedular através do Projeto Pense Bem Trauma. MATERIAL/MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência das enfermeiras que atuam no projeto Pense Bem Trauma, criado em 2010, na cidade de Teresina. O projeto coordena ações de promoção à saúde através do ensino, onde os alunos são levados a conhecer e intervir sobre comportamentos de risco para o neurotrauma. As enfermeiras levam uma mensagem educativa para o público-alvo (crianças, jovens e adultos jovens), informando-os sobre as formas de prevenção do traumatismo de cabeça e coluna, através de palestras para os estudantes. RESULTADOS: Em 2010, o projeto participou da Semana Nacional de Prevenção ao Neurotrauma, em Teresina. Ao todo, o projeto visitou 18 escolas da rede estadual de educação (lista cedida por parceria com a Secretaria de Educação e Cultura – SEDUC), e realizou 3 atividades com alunos de ensino superior e do programa PROJOVEM. CONCLUSÃO: A prevenção de doenças e agravos configura-se como estratégia de mudança nos modelos assistenciais, sinalizando a construção de outras possibilidades e a configuração de novos saberes e fazeres que ampliem as alternativas de qualidade de saúde e vida da população, de intervenção junto aos sujeitos e da compreensão do processo saúde-doença como produção social. |