Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO MARANHÃO EM 2010
Autores
THAÍSE ALMEIDA GUIMARÃES (Relator)
ANDRÉA DE JESUS SÁ COSTA
VANESSA CRISTINA SILVA PACHÊCO
ERIKA BÁRBARA ABREU FONSECA THOMAZ
CLÁUDIA TERESA FRIAS RIOS
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose caracterizada por infecção sistêmica. No Brasil, a Leishmania chagasi é a etiologia mais comum, sendo transmitida por meio de um vetor da espécie Lutzomia longipalpis. O cão doméstico é o reservatório mais importante e o homem o hospedeiro definitivo. Clinicamente, é uma doença crônica onde sua apresentação varia de formas assintomáticas até o quadro clássico da parasitose, detectando a presença de febre irregular, anemia, diarréia, hepatoesplenomegalia, icterícia, vômito, tosse seca, sangramentos, linfadenopatia, leucopenia, hipergamaglobulinemia, hipoalbunemia, emagrecimento e edemas periféricos. Caso não seja tratada ou tratada inadequadamente, pode ser fatal. Segundo o Ministério da Saúde, em 19 anos de notificação (1984-2002), os casos de LV somaram 48.455 casos, sendo que aproximadamente 66% deles ocorreram nos estados da Bahia, Ceará, Maranhão e Piauí. OBJETIVO: Mostrar a situação epidemiológica da Leishmaniose Visceral no Estado do Maranhão no ano de 2010. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, de base populacional, com dados secundários a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do DATASUS. RESULTADOS: Dos 369 casos de LV que ocorreram no ano de 2010, podemos observar que 58,54% eram do sexo masculino e 41,46% do sexo feminino. Observou-se que 76,4% eram pardos, 10,8% brancos, 8,9% negros, 1,9% amarelos, 0,5% índios e em 1,9% dos casos essa variável não foi informada. Três por cento dos casos eram analfabetos, 24,6% fizeram entre a 1° e a 8° série do ensino fundamental, 0,8% fizeram o ensino médio incompleto, 3,5% fizeram ensino médio completo, 0,3% fizeram o ensino superior incompleto, 0,5% concluíram o ensino superior, 60,2% não se aplicam por serem crianças abaixo da idade escolar e em 7% dos casos essa variável não foi informada. Observou-se que 11,7% dos casos eram pessoas menores de 1 ano, 40,9% entre 1 - 4 anos, 13% entre 5 - 9 anos, 6,7% entre 10 - 19 anos, 19% entre 20 - 39 anos, 8,3% acima de 40 anos e em 0,3% essa variável não foi informada. CONCLUSÃO: A LV é um problema de saúde pública no Estado do Maranhão, de ocorrência especialmente alta em crianças, pardos e pessoas de baixa escolaridade. O estudo contribui para o conhecimento da atual situação epidemiológica da LV no Estado, colaborando na descoberta das variáveis suscetíveis, para assim atuar preventivamente.