INTRODUÇÃO: Nos últimos séculos, observou-se que as transformações econômicas e sociais ocorridas resultaram na mudança do perfil de morbimortalidade da população, predominando as doenças crônicas não-transmissíveis – DCNT. No Brasil, indicadores de mortalidade por grupo de causa apontam as doenças do aparelho circulatório como terceira causa de óbito. Em nosso país, há uma grande lacuna a ser preenchida por meio de registros das doenças cardiovasculares e seus fatores de risco. Trabalhos comprovam que as doenças crônicas não-trnasmissíveis podem ser prevenidas pelo controle dos fatores de risco na atenção básica. Portanto, tornam-se fundamentais estudos que busquem o desenvolvimento de um sistema de informação em saúde para conhecer a incidência dessas patologias para o desenvolvimento de melhores estratégias preventivas. OBJETIVOS: Refletir sobre a importância da realização da classificação de hipertensos e diabéticos em graus de risco para doenças cardiovasculares para a prática da equipe da Estratégia Saúde da Família - ESF. DISCUSSÃO: Na prática da Estratégia Saúde da Família, houve dificuldade em estabelecer quais lesões em órgão-alvo os pacientes possuíam e na realização da classificação dos pacientes acamados, além da demora no recebimento dos resultados dos exames laboratoriais necessários para a classificação de risco. Porém, houve grande receptividade dos pacientes e envolvimento de toda a equipe de Estratégia Saúde da Família. CONCLUSÃO: A realização da estratificação de fatores de riscos cardiovasculares permite identificar fatores de risco, lesões em órgão-alvo, classificar pacientes em graus de risco (baixo, médio ou alto risco), agendando-os para consultas em 30, 90 ou 120 dias. Favorece a personalização e otimização do cuidado, contribui para nortear a conduta terapêutica e medicamentosa e poderá servir de base para pesquisa. Recomenda-se, assim, a normatização da classificação do risco para doenças cardiovasculares pela Estratégia Saúde da Família em todo o país. |