Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título MODO DE ADAPTAÇÃO PSICOSSOCIAL DA TEORIA DE ROY APLICADO EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE
Autores
MARIA DAS GRAÇAS MARIANO NUNES DE PAIVA (Relator)
CECÍLIA MARIA FARIAS DE QUEIROZ FRAZÃO
JÉSSICA DANTAS DE SÁ
MARINA DANTAS CARDOSO DE MEDEIROS
ANA LUISA BRANDÃO DE CARVALHO LIRA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A doença renal crônica (DRC) consiste na perda progressiva e irreversível da função renal. E para manutenção da vida dos pacientes com a DRC, em fase terminal, faz-se necessário a realização de uma terapia renal substitutiva, como a hemodiálise (HD).1 O paciente em HD defronta com alterações no seu cotidiano, ocasionadas pela restrição hídrica e alimentar, esquema medicamentoso contínuo e dependência da hemodiálise, a qual pode ocasionar desestímulo e indisposição, contribuindo para redução do bem estar psicossocial.2 Destarte, torna-se necessário a implantação do processo de enfermagem sob um referencial teórico, que possibilite um cuidado voltado para as reais necessidades de cada paciente. Neste contexto, acredita-se que a teoria da Adaptação de Roy guiará os cuidados de enfermagem aos pacientes em HD, já que esta aborda o cuidado em vistas à adaptação e às diversas condições de vida desta clientela, sendo organizada em modos adaptativos fisiológico e psicossocial (autoconceito, desempenho de papéis e interdependência) utilizando quatro elementos: estímulos, mecanismos de enfrentamento, comportamentos e retroalimentação.3 Objetivo: Traçar os mecanismos adaptativos psicossociais segundo Roy presentes em pacientes submetidos à hemodiálise. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo descritivo, realizado num centro de diálise, localizado em Natal, Rio Grande do Norte. A coleta ocorreu no período de outubro de 2011 através de entrevista e exame físico numa amostra de 18 clientes. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética com protocolo nº115/11 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) nº 0139.0.051.000-11. Resultados: Identificou-se no modo de autoconceito que 44,4% da amostra apresentou disfunção sexual por estímulos da DRC e perda da libido e comportamentos como a diminuição na frequência e no interesse da relação sexual. A baixa autoestima foi identificada em 11,11%, tendo a DRC, o desgaste físico/emocional e o sentimento de inutilidade como estímulos e relatos autodestrutivos como comportamentos. No modo desempenho de papel, a falha no papel, presente em 50% da amostra, teve como estímulos complexidade do tratamento e não adesão terapêutica completa e como comportamento dificuldades verbalizada para atingir as metas do tratamento. Conclusão: Faz se necessário um cuidado que englobe o paciente, profissionais e familiares em busca de intervenções de conscientização e educação visando a adaptação e equilíbrio do cliente.