Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ANÁLISE DA MORTALIDADE INFANTIL NA 3ª REGIÃO DE SAÚDE MARACANAÚ-CE: A BUSCA DOS FATORES DETERMINANTES
Autores
SIMONE DANTAS SOARES (Relator)
MARILUCE DANTAS SOARES
RITA DE CASSIA DO NASCIMENTO LEITÃO
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
A mortalidade infantil é reconhecida como um sensível indicador da situação de saúde de uma população e é determinada principalmente pelas condições socioeconômicas. A redução da mortalidade infantil é um dos “Objetivos de Desenvolvimento do Milênio”, compromisso das nações integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o Brasil é signatário, para o alcance de patamares mais dignos de vida para a população mundial. A meta para o Brasil é atingir a taxa de 17,9 óbitos por mil nascidos vivos até 2015. O objetivo do estudo foi analisar a mortalidade infantil na 3ª Região de Saúde do Estado do Ceará – Maracanaú, no período de 2006 a 2010. Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, que buscou estudar os óbitos de crianças menores de um ano de vida, residentes na 3ª Região de Saúde do Estado do Ceará – Maracanaú, no período de 2006 a 2010. Foram utilizados os bancos de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) obtidos na 3ª Coordenadoria Regional de Saúde - Maracanaú. Foram analisadas a mortalidade infantil e seus componentes neonatal e pós-neonatal; a taxa de mortalidade infantil – TMI e a mortalidade por grupos de causas de morte. Utilizou-se o programa Tabwin para o processamento e análise dos dados. Os resultados apontaram que no período de 2006 a 2010 ocorreram 489 óbitos, destes 315 foram neonatais e 174 pós-neonatais. A TMI reduziu, com padrão irregular, de 15,2 no ano de 2006 para 13,5 em 2010. Analisando as causas dos óbitos infantis na 3ª Região de Saúde, no período estudado, observou-se que as afecções originadas no período perinatal ocuparam o primeiro lugar, em seguida estão as malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas. Estas duas maiores causas de óbitos também estão em declínio. A mortalidade pós-neonatal por ser menor que a neonatal pode ser atribuída à redução da mortalidade por causas respiratórias e infecciosas, provavelmente devido à melhoria do acesso aos serviços de saúde, manejo adequado dos casos e vacinação. Apesar da queda da TMI e seus componentes, avaliados neste estudo, pôde-se concluir que medidas para a redução da mortalidade neonatal, como assistência de maior qualidade ao pré-natal, ao parto e ao recém-nascido, ainda precisam ser melhoradas em termos de qualidade e acesso na 3ª Região de Saúde - Maracanaú.