Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: DIFICULDADES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE A ESSA PROBLEMÁTICA
Autores
ANA RAFAELLA ARAÚJO COSTA (Relator)
ANA PAULA FERREIRA DE MACEDO
MARIA JOSENILDA FÉLIX DE SOUZA ANTUNES
NATHÁLIA NAGLE ARAÚJO COSTA
RITA DE CÁSSIA ARAÚJO COSTA
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A violência configura um fenômeno de múltiplas determinações. Refere-se à hierarquia de poder, conflitos de autoridade e desejo de domínio e aniquilamento do outro. A violência traz impacto direto sobre a saúde por meio de lesões, traumas e mortes, sejam físicas ou emocionais, representando um problema de saúde pública de graves dimensões. A identificação de mulheres que sofrem violência é de grande importância, porém o setor da saúde nem sempre oferece respostas satisfatórias para o problema, pois os próprios profissionais de saúde não estão capacitados para atender mulheres vítimas de violência, por não saberem lidar com essa situação..Ela se expressa na forma física,sexual e psicológica, onde as três constituem a violência doméstica, que quase sempre tem como agressor o próprio marido ou pessoas do próprio convívio familiar da mulher. Objetivo: Identificar as dificuldades na atuação do profissional de saúde frente à violência contra a mulher. Metodologia: Trata-se de revisão bibliográfica, utilizando-se as bases de dados do LILACS, SCIELO- Scientific Eletronic Library online. Resultados e discussões: Os serviços de saúde são importantes na detecção do problema, porque têm, em tese, uma cobertura e contato com as mulheres, podendo reconhecer e acolher o caso antes de incidentes mais graves. Esta situação de invisibilidade decorre do fato de que os serviços se limitam a cuidar dos sintomas e não contam com instrumentos capazes de identificar o problema. As dificuldades dos profissionais de saúde em lidar com estas questões têm suas bases na formação biologicista e fragmentada, que não considera os aspectos biopsicossociais. Reportando-se à formação durante a graduação, falta orientação para lidar com o tema e, quando apresentada, esta se mostra fragmentada, pois os currículos das faculdades ainda não estão preparados para abordarem a questão de forma multidisciplinar. Conclusão: Percebeu-se que os profissionais têm pouco conhecimento acerca do que fazer nos casos de violência contra a mulher, pois eles têm uma visão bastante fragmentada, dando ênfase apenas em tratar os sintomas da paciente, não buscando saber como surgiu os mesmos. Outro problema observado é a falta de uma equipe multidisciplinar no quadro de funcionários. Portanto, é preciso aprofundar a discussão da capacitação dos profissionais frente ao tema, sensibilizando-os a respeito das questões de violência.