Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título APONTANDO UMA ESTRATÉGIA PARA OS PROBLEMAS DO SUS
Autores
ALAN MÁRCIO DE BRITO ARAÚJO (Relator)
FRANCISCA KELVIANY FERREIRA GOMES
PATRÍCIA FEITOSA SANTOS
CRISTIANE SILVA TENÓRIO
JANETE ALVES DA SILVA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Relato de experiência

Resumo
Existem estatísticas que denunciam a ineficiência do SUS em muitos serviços, tornando distantes seus princípios. O que fazer para otimizar a qualidade dos serviços de saúde de atenção primária? O Plano Estratégico Participativo Situacional, de Carlos Matus pode ser a resposta. Objetivo discutir o uso deste plano por parte dos profissionais da Estratégia saúde da Família ESF na sua rotina de trabalho, demonstrando como ele pode ser simples e resolutivo.Como metodologia, busquei tornar essa discussão mais atraente e próxima da realidade vivida no município de Ubajara, onde atuo. Inicialmente fiz um levantamento epidemiológico do município através de dados do SIAB,levantei as principais deficiências do Sistema Municipal de Saúde. Confrontei a realidade encontrada, com o modelo idealizado para o município de acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde. Encontrei nas reuniões mensais de gerentes de UBS, o espaço ideal para as discussões. Nesses encontros abordávamos problemas reais vividos por algumas equipes, apontado possíveis causas e conseqüências. Elegíamos o problema mais relevante e/ou urgente. Mediante isto, era construído um plano de resolução. A cada novo encontro reavaliávamos a avaliação do plano, dos avanços e da necessidade de alterações. Delineávamos metas factíveis. Como resultados, posso afirmar que muitos problemas antes somente percebidos pela coordenação da Atenção básica passaram a ser conhecidos também pelos enfermeiros gerentes de equipes, que passaram a se perceber como co-responsáveis pela situação levantada. Após os encontros, os enfermeiros que não costumavam trabalhar orientados por metas, passaram a nortes-se por elas.Aqueles que as conheciam, mas não tinham noção da real importância em alcançá-las, mudaram sua postura após a sensibilização trazida pelos encontros. Como consideração final, afirmo que em nosso cotidiano de trabalho há muito espaço para que possamos empregar antigas teorias, muitas vezes apreendidas e esquecidas. O processo de planejamento deve ser constantemente renovado, pois não existe plano perfeito e pronto para ser utilizado em todas as situações, embora toda situação estimule a elaboração de um plano. Aqueles que mais participam na elaboração do plano, tornam-se mais motivados a cumpri-lo. Nem sempre um maior número de participantes em algum evento resulta em um melhor aproveitamento, mas com um melhor engajamento destes é bem provável que haja bom resultados, como aqueles que passamos a ver em Ubajara.