Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM JUNTO AO POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS EM MORTE ENCEFÁLICA
Autores
DENIZE FERREIRA RIBEIRO (Relator)
RAFAELLA SATVA DE MELO LOPES GUEDES
JULIANA CRISTINA CRUZ CALAZANS
GERLAINE DE OLIVEIRA LEITE
RAFAELA FERNANDA LEITE
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Com o avanço de estudos, das técnicas de ressuscitação e de suporte vital, a atividade cerebral veio definir a vida e a morte do indivíduo, vinculando assim a morte a critérios neurológicos, evoluindo para o que conhecemos atualmente como Morte Encefálica (ME). No Brasil, o Conselho Federal de Medicina, na resolução nº 1.480/97 define morte encefálica como a parada total e irreversível das funções encefálicas. OBJETIVO: Fornecer subsídios para uma atuação ativa da enfermagem junto ao potencial doador de órgãos em morte encefálica. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, através de revisão de literatura do tema abordado, utilizando artigos indexados na base de dados do Lilacs e Medline. DISCUSSÃO: A ME pode causar múltiplos efeitos deletérios sobre o organismo, resultando em instabilidade cardiovascular, desarranjos metabólicos e hipoperfusão tecidual. É de responsabilidade da equipe de enfermagem realizar o controle de todos os dados hemodinâmicos do potencial doador, por isso é muito importante que se tenha um amplo conhecimento de possíveis complicações, possibilitando o reconhecimento precoce e consequente manuseio para a preservação dos órgãos. A manutenção do potencial doador inclui, desde o seu reconhecimento e posterior confirmação, o pleno conhecimento de todas as formalidades legais envolvidas no processo, a prevenção, detecção precoce e manuseio imediato das principais complicações advindas da ME para que os órgãos possam ser retirados e transplantados nas melhores condições funcionais possíveis. O enfermeiro deve estar atento para a manutenção de uma adequada ventilação e oxigenação, controle e a manutenção da temperatura, a equipe de enfermagem deve estar atenta aos distúrbios da coagulação e distúrbios hidroeletrolíticos, o controle hídrico deve ser rigoroso, e a hiperglicemia deve ser controlada. CONCLUSÃO: O enfermeiro deve estar pronto a identificar as alterações fisiopatológicas advindas da ME para que, junto com a equipe de saúde, possa instituir medidas terapêuticas adequadas. Diante da crescente escassez de doadores e de órgãos em condição satisfatória, é essencial que se otimize o cuidado aos pacientes em ME para que os mesmos, uma vez que se tornem doadores efetivos, possam ter o melhor aproveitamento possível de todos os órgãos a serem transplantados.