Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título DIFICULDADES RELACIONADOS A NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO ENTRE PORTADORES DE DIABETES MELITUS
Autores
SAMILA TORQUATO ARAÚJO (Relator)
KIARELLE LOURENÇO PENAFORTE
RENAN MAGALHÃES MONTENEGRO JÚNIOR
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
A dificuldade de adaptação da pessoa diabética ao tratamento prescrito é ainda o maior obstáculo para o controle de sua doença e prevenção das complicações agudas e crônicas. Por muitas razões, os pacientes com diabetes não tomam todos os medicamentos prescritos. Ajudar a melhorar a adesão dos pacientes é um passo essencial no manejo do diabetes, sendo o cuidado com uma assistência individualizada importante antes de iniciar ou ajustar um plano de tratamento. Muitos são os elementos que tornam a questão da adesão ao tratamento motivo de estudo entre os pesquisadores, desde sua definição até as formas de lidar com ela. Vários estudos focalizam em estratégias para melhorar a adesão aos medicamentos, em mudanças de comportamento de promoção à saúde e em teorias sobre os motivos apresentados por algumas pessoas para justificar certos tipos de comportamento. Este estudo teve como objetivo identificar as dificuldades relacionados a não adesão ao tratamento farmacológico entre os portadores de diabetes mellitus atendidos num unidade secundária de sáude. Trata-se de um estudo transversal, descritivo com abordagem quantitativa. Foram entrevistados 46 pacientes em atendimento no serviço, de março a abril de 2011. Utilizamos como técnica a entrevista estruturada. Dos 46 pacientes, 63% eram do sexo feminino, predominando pacientes acima dos 50 anos (59%). Destes, 20% eram não alfabetizados, 23% tinham ensino fundamental incompleto e somente 15% tinham ensino médio completo. A renda familiar média encontrava-se entre 1 a 3 salários mínimos (71%). Quanto ao tratamento, 58% dos pacientes estavam em politerapia. Dentre as barreiras encontradas para atingir as metas do tratamento, destaca-se o número de comprimidos ao dia (19%), efeitos colaterais (16%), múltiplos ou complexos esquemas de tratamento (14%), custo do tratamento (12%) e falta de medicamentos no posto (10%). Apenas 13% realizavam auto-monitoramento glicêmico e 78% relataram bom entendimento das prescrições medicamentosas. Observa-se que são muitas as variáveis que podem influenciar na adesão ao tratamento e não há consenso acerca de qual tem maior influência. Diante de tais fatores, pode-se perceber a variedade e a complexidade de elementos que contribuem para que a pessoa com uma condição crônica de saúde, como o diabetes, apresente dificuldades para a adesão ao regime terapêutico e alcance das metas do tratamento, devendo ser esta, portanto, uma preocupação constante para os profissionais de saúde.