Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE DA HANSENÍASE NA ATENÇÃO PRIMARIA DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ – MA
Autores
DAYANE ARIELY DA SILVA (Relator)
FRANCISCA JACINTA FEITOZA DE OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Dissertação

Resumo
Introdução: A hanseníase até hoje permanece como uma das principais doenças negligenciadas no país, acometendo principalmente os estados da Amazônia Legal, com destaque para o Maranhão. Incapacidades físicas, emocionais e culturais permeiam essa patologia que necessita que os serviços de saúde possuam estrutura adequada na sua dinâmica para promover a saúde desses doentes. Dessa maneira, conhecer a qualidade destes serviços na perspectiva da atenção primária é um passo inicial determinante para a elaboração de políticas públicas de saúde que fomentem as necessidades deste setor da saúde pública. Objetivo: Avaliar os serviços de controle da hanseníase no município de Imperatriz-MA. Métodos: Estudo de caso do município foi realizado a partir da análise dos dados epidemiológicos das fichas de hanseníase inseridas no SINAN referentes ao período de 2001-2010. Foram analisadas 14 unidades básicas de saúde das 32, onde estão inseridas 42 equipes de saúde da família que compõe a rede de atenção primária do município, além disso, foram entrevistados 70 usuários do programa de hanseníase deste município. Por fim, foram realizadas entrevistas com o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Secretário de Saúde e os dirigentes das unidades de saúde investigadas. Resultados: Foi evidenciado que todos os serviços fazem o tratamento supervisionado ambulatorial e domiciliar quando necessário. Todos os serviços oferecem a poliquimioterapia (PQT) para casos Multibacilar (MB) e Paucibacilar (PB) com seis e 12 cartelas, modalidade adulta. No período entre 2001-2010 houve um predomínio dos casos de hanseníase PB (62,6%), em relação aos casos de MB (37,4%), entre o período do diagnóstico e da alta clínica houve uma redução de lesões grau zero em 26,2% dos casos. Contudo, houve uma elevação de 18,6% de casos não analisados, isto é, durante o período de 2001-2010 um total de 1.735 pessoas não foram reavaliadas clinicamente para constatar presença, melhora ou piora de incapacidades relacionadas com a hanseníase. Parcela substancial dos pesquisados, 91,4%, afirmou receber orientações em saúde sobre hanseníase, 78,5%, não possui problemas para comparecer às consultas agendadas no serviço. Conclusão: Diante destes resultados fica evidenciado que os serviços de saúde direcionados para as pessoas com hanseníase precisam passar por adequações em sua estrutura, a fim de alcançar as metas estabelecidas pelos órgãos competentes da cidade de Imperatriz-MA.