Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título O PROBLEMA DO CRACK: REFLEXÕES ACERCA DO TRATAMENTO
Autores
CAROLINA FERNANDES FERREIRA (Relator)
DANIEL GALENO MACHADO
CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Nos últimos anos, houve um aumento importante do consumo de crack no Brasil e no mundo, tornando-se um problema de saúde pública. Embora com baixa prevalência no Brasil, em torno de 1%, em estudos populacionais, o crack tem alto poder dependógeno e seu consumo é responsável por até 70% das internações por cocaína. O tratamento do crack é difícil e tem desafiado os especialistas, mas algumas intervenções têm apresentado resultados promissores. OBJETIVOS: O presente trabalho tem como objetivo trazer subsídios teóricos para refletir acerca do tratamento que é dado, atualmente, pelos profissionais da área da saúde mental. METODOLOGIA: Para isso, foi realizada uma procura com descritores livres nos bancos de dados MEDline, LILACS, CAPES e SciELO. RESULTADOS: Atualmente várias abordagens de tratamento para dependência de cocaína e crack no Brasil vêm sendo discutidas, porém existem muitas controvérsias sobre qual abordagem demonstra maior efetividade na literatura científica. Há um consenso de que a dependência de crack exige um tratamento difícil e complexo, pois é uma doença crônica e grave que deverá ser acompanhada por longo tempo. Primeiramente, é de fundamental importância ter claro que não existe um único tratamento que abarque as características multidimensionais da adição. A equipe técnica treinada para atender esses usuários precisa ser multiprofissional e interdisciplinar. Em virtude da gênese multifatorial da dependência química, o dependente precisa ser atendido nas diversas áreas afetadas, tais como: social, familiar, física, mental, qualidade de vida e enfocando especialmente as estratégias de prevenção de recaída. A atenção a essas questões é tão importante quanto às estratégias dirigidas ao consumo de crack. CONCLUSÃO: O tratamento dos usuários de crack é, de maneira geral, longo e com abordagem multidisciplinar onde, também, são trabalhadas dimensões biopsicossociais. Assim, estudos e pesquisas, ainda, são necessários para um maior conhecimento da eficácia da abordagem terapêutica desses usuários.