Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE DOENÇAS PROSTÁTICAS NA CIDADE DE PETROLINA (PE) ENTRE 2005 A 2009
Autores
LUCIANA PATRICIA BRITO LOPES (Relator)
ANA CAROLINA CORDEIRO PENAFORTE
HELENA DOS SANTOS SILVA MOURA
ADAUTO ALMEIDA NETO
DENISE FERREIRA ALCANTARA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO:O câncer de próstata no Brasil é a segunda neoplasia mais comum entre os homens, representando cerca de 10% do total de cânceres diagnosticados. A estimativa de novos casos para o ano de 2010 foi de 52.350 indivíduos afetados. A investigação do antígeno específico prostático (PSA), assim como o toque retal são os principais procedimentos utilizados na confirmação do diagnóstico neoplásico.A hiperplasia prostática benigna (HPB) é o aumento não cancerígeno da próstata, cujo desenvolvimento leva aos sintomas urinários obstrutivos ou irritativos. Estima-se que homens de idade mais avançada tenham HPB sintomática.OBJETIVOS: Investigar os casos de câncer de próstata diagnosticados na cidade de Petrolina- PE, no período de Janeiro de 2005 a Dezembro de 2009, assim como desenvolver uma revisão de literatura a respeito das principais etiologias do câncer prostático; identificar faixas etárias mais vulneráveis à patologia e avaliar a incidência de casos de câncer de próstata na região do Vale do São Francisco. MÉTODOS:Desenvolveu-se um estudo descritivo-quantitativo, baseado nas informações obtidas através de dados cadastrados no Laboratório HISTOTEC PATOLOGIA S/A, situado na cidade de Petrolina, PE.O público alvo do estudo compõe homens que se submeteram a procedimentos de diagnóstico para identificação de lesões malignas e benignas da próstata que deram entrada no laboratório, provenientes das cidades localizadas no submédio do Vale do São Francisco, nos estados de Pernambuco e Bahia. Foram analisados os exames básicos, procedimentos de diagnóstico, a idade e tipo de lesão.RESULTADOS:Foram examinados 2.095 laudos; dos pacientes diagnosticados, 12,78% apresentaram adenocarcinoma, enquanto 53,49%, (HPB). Quem não faz o toque retal está propenso a desenvolver o câncer prostático (x2 deYates = 6,85; p=0,0089), ratificando a importância da prevenção. Quem não fez o toque tem 21,8 vezes mais chances de desenvolver hiperplasia prostática benigna em comparação aos indivíduos que fizeram toque (OR = 21,8; IC = 7,8495 – 60,6441; p<0,0001.CONCLUSÃO:Os maiores índices de HPB e adenocarcinoma encontram-se entre os homens da terceira idade. Pacientes que não realizaram o toque retal possuem maior probabilidade de desenvolver adenocarcinoma e outras doenças, como a hiperplasia prostática benigna. Tais achados revelam a necessidade de serem trabalhadas as diretrizes, prevenção e promoção de saúde na região do Vale do São Francisco.