A Política Nacional de Saúde Mental prevê transformações norteadas pela necessidade de reorientação do modelo tradicional de atenção em saúde mental, ao propor o cuidado humanizado de base comunitária e a reinserção social dos sujeitos em sofrimento psíquico. O presente trabalho é um relato de experiência de apresentação teatral que teve como objetivo problematizar a condição do louco na sociedade, o estigma dessa marca e as consequentes perdas que ela implica, inclusive a perda de sua autonomia e identidade, instigando a comunidade acadêmica a refletir sobre os fenômenos que contribuem para a exclusão social do louco. Assim, a atividade representou um passo para a construção de uma visão mais crítica a respeito do processo de institucionalização ao qual o louco está exposto, permitindo que, a partir da análise do espetáculo, a comunidade acadêmica pudesse se questionar a respeito do seu conceito de loucura e refletir sobre as mudanças necessárias em relação à postura que cada um adota a respeito do indivíduo em sofrimento psíquico. |