Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E ADOLESCENTES: A ASSISTÊNCIA SOB A ÓTICA DE ESCOLARES
Autores
FRANCISCA JULIANA GRANGEIRO MARTINS (Relator)
ROBERTA PEIXOTO VIEIRA
MARIA JANAÍNA NORÕES DE SOUSA
ROSA MARIA GRANGEIRO MARTINS
MARIA DE FÁTIMA ANTERO SOUSA MACHADO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A Estratégia Saúde da Família representa um espaço importante para se trabalhar a promoção da saúde adolescente, visto ser esse um período da vida marcado por grandes transformações e pela exposição a situações vulnerabilizantes. No entanto, existe uma relativa ausência dos adolescentes nos serviços de saúde e a discussão acerca da saúde do adolescente na atenção básica ainda é incipiente, não existindo efetividade da participação dos adolescentes nos serviços e carência de ações voltadas especificamente para este público. OBJETIVO: Examinar a relação de adolescentes escolares com a Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir da participação e demandas pelo serviço. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem quantitativa, realizado junto a adolescentes de uma escola estadual, do município do Crato-CE. Aplicou-se um questionário à 78 sujeitos no mês de junho de 2011. O dados foram organizados mediante a utilização do SPSS 18.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade regional do Cariri - URCA, sob o parecer nº 18/2011 RESULTADOS: A totalidade dos sujeitos (78) afirmaram que residiam em área coberta por uma Unidade Básica de Saúde da Família. Quando indagados quanto a frequência que procuram a Unidade Básica, 43,6% responderam que raramente o fazem. Com relação aos serviços preconizados ao adolescente na atenção básica, o mais ofertado pela unidade do seu bairro/sítio era o atendimento individual (82,1%), destacando às ações educativas, proposta primordial da ESF são oferecidas, apenas 18% dos adolescentes apontaram essas ações. Os adolescentes que buscam o serviço de saúde predominantemente pela doença (70%). Apesar de ser também atribuição dos profissionais da ESF estar inseridos no contexto escolar, percebe-se que os profissionais ainda se encontram bem distantes desse espaço, onde os adolescentes 48,7% referiram que os profissionais de saúde nunca vão à escola, 38,5% afirmam que eles o fazem raramente, às vezes (10,3%) e sempre 2,6%. CONCLUSÃO: Observou-se que a procura dos adolescentes pelo serviço de saúde no contexto investigado ainda se faz baseado no atendimento ambulatorial mediante a presença de uma enfermidade e a inserção dos profissionais da ESF na escola ainda não se encontra efetivada. Portanto, a atenção à saúde do adolescente na Estratégia Saúde da Família ainda se encontra fragmentada, onde os princípios primordiais de vínculo e da participação devem ser estimulados.