Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título AS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS COMO FATOR DIGNIFICANTE NA SAÚDE DO MENOR INFRATOR
Autores
ALESSA MARIA MACARIO DE OLIVEIRA (Relator)
GLÁUCIA MARGARIDA BEZERRA BISPO
CAMILA ALMEIDA NEVES DE OLIVEIRA
NUNO DAMACIO DE CARVALHO FÉLIX
LUCAS MACARIO OLIVEIRA DE QUEIROZ
Modalidade Comunicação coordenada
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
O limite entre ser ou não sujeito de ato infracional é tênue e condiciona-se ao fator da vulnerabilidade. Esta singularidade experimentada pelos jovens em suas relações socioculturais, religiosas, econômicas e morais, influencia de maneira inexorável no cometimento de atos infracionais. Destarte, o elo biopsicossocial inerente a todos os adolescentes, pode ser ultrapassado a qualquer instante. Por isto, a delinquência juvenil tem suscitado discussões acadêmicas, sociais e legislativas. Diante dessa problemática, o presente estudo voltou-se para a escuta de adolescentes institucionalizados em unidades de semiliberdade, com o objetivo de analisar a percepção destes acerca da importância da medida imposta. O trajeto metodológico adotado obedeceu a uma tipologia exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com cinco adolescentes abarcados na Unidade de Semiliberdade localizada na região Centro-Sul do estado do Ceará. Aplicaram-se entrevistas semi-estruturadas durante o mês de abril de 2011 mediante aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Católica Rainha do Sertão, sob o Parecer de nº 20100203. O perfil dos sujeitos entrevistados demonstrou que estes adolescentes em sua maioria pertenciam ao sexo masculino; situavam-se na faixa etária entre 16 e 18 anos; possuíam grau de escolarização fundamental incompleta, oriundos de famílias monoparentais feminina e com carência financeira, estando estes submetidos ao regime em períodos bastante diversificados, porém não excedendo seis meses. Os resultados, mediante discurso dos depoentes, evidenciaram que o sucesso na aplicação das premissas inerentes ao Regime de Semiliberdade possibilita uma reflexão na estrutura moral e psicológica dos seus atos, motivando-os para alterar o rumo de suas vidas. Moldura-se, assim, a perspectiva de que a própria consciência do jovem infrator seja vislumbrada e reformulada, numa alteração íntima que clama pela necessidade de empreender mais esforços adequados e urgentes com vistas ao enfrentamento da delinquência juvenil. Torna-se necessário, estabelecer parâmetros que realizem a proteção e educação destes, ao possibilitar mecanismos para a superação das adversidades de forma lícita e que soberanamente tem forte poder persuasivo no que tangencia barrar a reincidência das infrações cometidas por menores.