Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título CONSUMO DE MEDICAMENTOS NA GESTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE QUIXERAMOBIM-CE
Autores
WLADYR DA JUSTA TEIXEIRA NETO (Relator)
WLADYR DA JUSTA TEIXEIRA NETO
EDCARLA SILVA DE OLIVEIRA
CAROLINA DE OLIVEIRA PRAXEDES
REBECA SILVEIRA ROCHA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Monografia

Resumo
O uso de fármacos e drogas de abuso na gestação vem se tornando prática constante entre as mulheres, ocasionando um problema de saúde pública. Em face disso, ocorre preocupação em realizar estudos que identifiquem esse uso inadvertido. Objetivou-se estimar a prevalência do consumo de fármacos e outras drogas utilizadas durante o período gestacional num município do interior do Ceará e seu respectivo grau de teratogenicidade para àquela gestação. Trata-se de um estudo tipo descritivo-exploratório, de cunho transversal e de natureza quantitativa, realizado no período de agosto de 2011 a junho de 2012, com 97 gestantes usuárias da Estratégia Saúde da Família e que se encontravam no terceiro trimestre gestacional, no município de Quixeramobim-CE. Para coleta de dados, aplicou-se um questionário adaptado do Sistema de Informações sobre Agentes Teratogênicos, no qual se registraram dados socioeconômicos, obstétricos, gestacionais e medicamentosos das gestantes. Os dados foram armazenados no Excel, sendo processados no PASW Statistics versão 1.8 (SPSS 18). Para efeito de análise, considerou-se como baixo risco teratogênico as gestações que foram classificadas com riscos A e B segundo a Food and Drug Administration e alto risco as que tiveram classificação C, D e X. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Católica Rainha do Sertão, sob protocolo 20110198. Do total das 97 gestantes entrevistadas, 98,7% consumiram pelo menos um medicamento na gravidez, com prevalência de 3,7 fármacos por mulher. A classe mais prevalente foi a das vitaminas com 98 ocorrências (27,6%), seguida dos analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios com 80 (22,5%) cada, dos antianêmicos com 74 (20,8%), antibióticos com 33 (9,4%), antieméticos com 22 (6,2%), antiprotozoários com 10 (2,8%) e antifúngicos com 5 (1,4%). Em relação ao risco teratogênico, 6,2% pertenciam a categoria A, 48,4% a B, 14,4% a C, 7,4% a D e 22,7% a X. Este estudo mostra que a medicalização no período gestacional é um fato que merece mais atenção pelos profissionais de saúde e que estes devem buscar, através da educação em saúde, métodos que alertem as gestantes sobre os riscos do consumo inadequado de medicamentos e o uso de drogas de abuso na gestação.