Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ALTERAÇÕES NOS RESULTADOS DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE COLO UTERINO: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
Autores
MONALISA ABRANTE MARIANO COSTA (Relator)
RAMONNA GABRIELLE ABRANTE MARIANO
NANCY COSTA DE OLIVEIRA
FAGNER LIBERATO LOPES
IRACILDA MARIANO LIMA BORBA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
O câncer cérvico uterino (CCU) é considerado um grave problema de saúde pública. O Ministério da Saúde vem procurando combinar ações preventivas e proteção à saúde através da detecção precoce, diagnóstico e tratamento das lesões pré-invasoras objetivando reduzir a morbimortalidade para o referido câncer, suas repercussões físicas, psíquicas e sociais na mulher brasileira. Objetivou-se descrever a ocorrência de alterações nos resultados dos exames de prevenção do câncer de colo uterino identificando os principais fatores de risco. Estudo do tipo transversal documental, de caráter exploratório-descritivo com abordagem quantitativa, realizado na Área Descentralizada de Saúde da Vila Elói no município de Quixeramobim - CE. Os dados foram coletados através dos registros de prontuários, mapa mensal e livro de controle de exames de prevenção das mulheres que apresentaram resultado de prevenção com lesões cervicais no período de 2005 a 2008, sendo apresentados em forma de gráficos e tabelas. Foi considerado como resultado alterado a nomenclatura proposta pelo Ministério da Saúde, junto com a Secretaria de Atenção à Saúde e o Instituto Nacional do Câncer. Dentro dos 1604 exames realizados nos anos correspondentes ao estudo, notou-se a prevalência de 122 (7,60 %) resultados alterados, sendo que destes, apenas 103 prontuários foram encontrados e estudados, podendo considerar como fatores de risco a baixa idade (46,6% de 15 a 29 anos), baixa escolaridade (47,6% com 1º grau incompleto ou nenhuma instrução), o início precoce da vida sexual (60,2% dos 15 aos 19 anos), o não uso do preservativo (84,4%). Não se observou uma freqüência significante de mulheres fumantes, com história familiar de câncer de colo uterino, multiparidade, estado civil e número de parceiros. Notou-se, ainda, que 64,1% das mulheres tinham alguma queixa no momento da coleta do exame e que 34% não haviam realizado exame anterior. É significante o número de adolescentes com alterações cervicais, sendo subsídio para mudança de faixa etária preconizada pelo MS para realização do exame de Papanicolaou, além do fato de que as mulheres estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo, sendo um relevante fator de risco para o câncer cervical. O baixo grau de instrução constata o baixo nível sócio-econômico das mulheres pesquisadas sendo necessário investir mais em atividades de informação em saúde.