Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título DETERMINANTES SOCIAIS COMO DESENCANDEADORES DOS MECANISMOS DE AGRESSÃO E DEFESA DO ORGANISMO
Autores
BRUNA GABRIELA DE SOUZA CARVALHO (Relator)
EDILANE MARIA PEREIRA DA ROCHA
JANAINA MACIEL DE QUEIROZ
GABRIELE MARIA DANTAS DINIZ
YARA SALDANHA FREITAS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
Atualmente é importante analisar as condições de vida das pessoas e seus hábitos como determinantes sociais de saúde. A sociedade enquanto equipamento social influencia diretamente na construção dos hábitos de vida, desta forma pode-se compreender que a doença deixou de ser uma problemática especificamente clínica e passou a ter um caráter também epidemiológico frente ao seu processo saúde-doença. Nesta abordagem, os agentes agressores biológicos deixam de agir individualmente para dar espaço a diversos determinantes sociais e epidemiológicos. O processo saúde-doença volta-se para a cura/prevenção através de medicamentos e vacinas; a educação direciona-se aos hábitos de vida, que modificam a forma de desenvolvimento de cada processo patológico, interferindo, dessa forma, nos mecanismos de agressão e defesa do organismo do sujeito. Sob esta premissa, buscou-se analisar os determinantes sociais como desencadeadores de mecanismos de agressão e defesa do organismo humano. Para tanto, foi realizada uma pesquisa literária (manual e eletrônica), com destaque para as bases de dados BIREME, LILACS, SCIELO, publicadas durante o período de 2000 a 2011. Observou-se nas referências que o processo saúde-doença é entendido não apenas como fator biológico, mas também epidemiológico, biopsicossocial e intersetorial. Estabelece a influência dos hábitos alimentares, higiene e convívio social como fatores benéficos ou agravantes à resposta imunológica no individuo, mostrando a importância da promoção à saúde nos diversos níveis de atenção e da intersetorialidade para a melhoria da qualidade de vida e, consequentemente da resposta imune do mesmo. Portanto, é notória a necessidade de desenvolver ações de promoção à saúde, que visem alterar essa realidade, empoderando a população para mudanças nos seus hábitos de vida (alimentares, de higiene e de convívio social) que evitam a proliferação de agentes agressores, além de estimular e fortalecer a resposta imune desse sujeito. Assim como, entender que o mecanismo de agressão e defesa do organismo humano requer a percepção articulada dos determinantes sociais não apenas relacionados ao espaço clínico-patológico, mas vinculados à educação, política; com a compreensão de hábitos culturais e regionais em que estão inseridos o individuo.