Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS HEPATITES VIRAIS DO ANO DE 2011 NO ESTADO DO PIAUÍ
Autores
SAMARA LAÍS CARVALHO BEZERRA (Relator)
FRIDA JESSIKA DE CARVALHO E SIVA
LÍVIA RAÍSSA CARVALHO BEZERRA
MARIA AMÉLIA DE OLIVEIRA COSTA
TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAÚJO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no mundo e no Brasil. Segundo estimativas, bilhões de pessoas já tiveram contado com vírus das hepatites e milhões são portadores crônicos. A OMS aponta que anualmente ocorrem no Brasil cerca de 130 novos casos por 100.000 habitantes, deixando o país na iminência de ser considerado de risco para doença. Este agravo constitui uma doença de notificação compulsória e apresenta grande importância em nosso meio devido à sua elevada prevalência. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor. OBJETIVO: O presente estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico das hepatites virais notificadas no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) do Piauí no ano de 2011. METODOLOGIA: Os dados foram coletados em fevereiro de 2012 a partir das fichas de notificação do SINAN e posteriormente processados com a utilização do software tabwin 3.2, que calculou as estatísticas descritivas simples. RESULTADOS: Dentre os 426 casos notificados, 179 (42,02%) foram classificados como do tipo A, 31 (7,28%) como do tipo B e 45 (10,56%) do tipo C. Observou-se predomínio do sexo masculino (51,88%), residentes na zona urbana (65,96%), faixa etária predominante foi de 5 a 14 anos (32,63%), escolaridade de 1ª a 4ª série incompletas (18,08%) e raça parda (73,71%). A maior parte dos pacientes notificados (69,48%) não estavam vacinados contra Hepatite A, porém, um percentual expressivo apresentou esquema de vacinação completo contra Hepatite B (41,08%). Verificou-se que cinco casos apresentavam outras DST em co-morbidade com as hepatites. Em relação aos fatores de risco para as hepatites, predominaram: Medicamentos e drogas injetáveis, água e alimentos contaminados, tratamento cirúrgico, doenças sexualmente transmissíveis e tratamento dentário. CONCLUSÃO: Sabe-se que a vigilância epidemiológica das hepatites virais no Brasil utiliza o sistema universal e passivo, baseado na notificação dos casos suspeitos, dos casos confirmados e dos surtos de hepatites virais. Baseado nestas notificações o estudo permitiu visualizar a importância dessa na determinação do perfil das hepatites virais e contribuiu para estabelecer propostas adequadas de prevenção, rastreamento e controle do agravo no Estado do Piauí.