Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM E O MANEJO DA DOR NA CRIANÇA
Autores
MAILSON MARQUES DE SOUSA (Relator)
GILDÊNIA CALIXTO DOS SANTOS
FABIANA CAMILA GUEDES CUNHA
MARIA IZABEL GONÇALVES DE ALENCAR
CLÉLIA MIRLEI FELINTO LUNA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
O manejo da dor em crianças é um processo complexo e carregado de peculiaridades. A dor é uma manifestação de característica multifatorial e multidimensional, consequentemente, seu cuidado exige um amplo conhecimento e a observância dos diversos aspectos envolvidos. Dessa forma, a avaliação e controle devem ser criteriosos, envolvendo um complexo de subjetividades de quem cuida e de quem é cuidado. Na prática, vários profissionais, inclusive os de enfermagem, tendem a subestimar ou subtratar a dor na criança. Por muitos anos acreditou-se, que neonatos e crianças maiores não sentiam dor, apenas expressavam ansiedade frente a situações estressantes, porém sabe-se hoje que a nocicepção ou percepção da dor está presente desde a vida intra-uterina. Dentro desse contexto, o estudo visa salientar a importância dos diversos fatores envolvidos no cuidado à dor da criança. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que busca a problematização a partir de referências publicadas nos últimos 07 (sete) anos em base de dados como Scielo e Lilacs. A bibliografia selecionada foi devidamente analisada e discutida com o propósito de reunir as principais contribuições cientificas e, consequentemente, subsidiar uma assistência de enfermagem mais qualificada com relação ao manejo da dor em crianças. Na prática, cada vez mais se faz necessário uma assistência ampla, integral e holística onde possam ser considerados aspectos objetivos e subjetivos a fim de contemplar o ser como um todo e tratá-lo na sua singularidade, evitando o subtratamento, o tratamento intervencionista e desnecessário ou o tratamento incompatível com as reais necessidades. Para isso, a literatura recomenda que a assistência à criança com dor deva considerar aspectos intrínsecos a esse ser, como a tolerância, o desenvolvimento cognitivo, a capacidade de comunicação, idade, histórico cultural e psicológico, as atitudes e crenças familiares. Considerando a complexidade e importância de uma equipe preparada e capaz de reconhecer os sinais expressos pela criança frente a dor, é necessário que haja um maior embasamento científico por parte dos profissionais que prestam assistência a este público, sendo fundamentais os processos de atualização e capacitação multiprofissional, bem como a construção de protocolos mais específicos para a avaliação e intervenção da dor em crianças. Certamente, essas medidas irão otimizar a assistência, buscando a redução e a prevenção da dor, em detrimento do seu tratamento.