Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título VIVÊNCIA DE UMA ACADÊMICA DE ENFERMAGEM EM UMA ÁREA PROGRAMÁTICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Autores
JESSYCA SILVA MONTEIRO (Relator)
GEILSA SORAIA CAVALCANTI VALENTE
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: A presente realidade vivenciada pela sociedade brasileira relacionada às ações e estratégias do Sistema Único de Saúde, SUS, é fruto de uma série de lutas e conquistas em um longo e lento processo. ¹ O Brasil vem vivenciando ao longo das últimas décadas mudanças operadas na política de saúde, no que tange a construção e consolidação do SUS.² O Ministério da Saúde criou o Projeto Vivências e Estágios na Realidade do Sistema Único de Saúde, o VER - SUS com o objetivo de vivenciar o SUS em um período de dez dias. O presente estudo justifica-se por apresentar a importância de aperfeiçoar a teoria com a prática a cerca do SUS através do Projeto VER - SUS na área programática 5.3. O objetivo é relatar a experiência de uma acadêmica de enfermagem na vivência do SUS na área programática 5.3. METODOLOGIA: Estudo descritivo com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. O local foi a zona oeste do município do Rio de Janeiro, nos bairros de Santa Cruz, Paciência e Sepetiba entre os dias 29 de janeiro à 7 de fevereiro de 2012. Baseou-se em relatos dos profissionais de saúde e usuários. RESULTADOS: Observou-se uma expansão na atenção básica, cuja base encontra-se nas Clínicas de Família com avanço no cuidado integral e cobertura de quase 100%. Iniciativas voltadas para criação de grupos educativos e saúde bucal. Projeto Cegonha e Academia Carioca são marcos de eficiência e avanço. Presença do Projeto Saúde na Escola (PSE) em algumas escolas da região e de um Centro de Referência para Jovens. Apesar dos avanços, há pontos negativos. Clínicas compromissadas com metas quantitativas e não com a qualidade da atenção, áreas descobertas, sobrecarga da média complexidade e inexistência da alta, significativas limitações de recursos humanos, ineficiência da real função do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, baixa atenção a saúde mental, situação desumana nos serviços de urgência/emergência no único hospital visitado e sobrecarga de agentes comunitários. CONCLUSÃO: A experiência proporcionada promoveu um intenso aprendizado com uma visão mais ampla acerca do que representa o SUS com toda a sua conjuntura. Hoje em dia, vêem-se profissionais presos a modelos biomédicos, esquecendo-se da essência que o SUS carrega. Espera-se, portanto, que as idéias produtivas plantadas nessa região sejam disseminadas para outras, no intuito de beneficiar a qualidade do serviço.