Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título VIVÊNCIA DA SEXUALIDADE NA VELHICE
Autores
SUSANE DE FÁTIMA FERREIRA DE CASTRO (Relator)
CLÁUDIA CRISTINA SANTOS DE OLIVEIRA
LETÍCIO DANTAS DE ALMEIDA FILHO
FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JÚNIOR
MARIA ELIETE BATISTA MOURA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
O envelhecimento é uma realidade que se coloca entre nós, exigindo mudanças na forma de olhar a velhice, no sentido de alcançar as particularidades e peculiaridades dessa fase da vida e romper com os preconceitos que negam aos idosos a possibilidade de uma vida plena e digna que contemple todas as dimensões do ser humano, incluindo a sexualidade. O presente estudo objetivou descrever como os idosos vivenciam a sua sexualidade e analisar os aspectos implicados nesta vivência. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, desenvolvida em um ambulatório-escola de uma faculdade privada de Teresina- PI, com 10 idosos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos. Os dados foram coletados com base em um roteiro de entrevista semi-estruturada e os discursos produzidos analisados a partir da construção de categorias temáticas, respeitando-se os preceitos éticos e legais exigidos para uma pesquisa com seres humanos. A leitura e análise das falas fizeram emergir duas categorias: dificuldade associada ao processo de envelhecimento fisiológico e patológico e a vivência da sexualidade associada à afetividade e a solidão. As alterações que ocorrem em decorrência das alterações fisiológicas do próprio envelhecimento, bem como as doenças crônicas associadas, impactam a vivência da sexualidade da pessoa idosa, limitando-a, algo que é atravessado pelos tabus culturalmente construídos. Os sujeitos participantes do estudo relataram, ainda, que a ausência do companheiro, por separação ou morte, torna a vivência da sua sexualidade negativa, profundamente marcada por perdas e tristezas. Assim, faz-se necessária a abordagem do tema sexualidade na velhice, especialmente por parte dos profissionais de saúde, através do conhecimento da vivência desta dimensão entre indivíduos idosos, para que se possam desconstruir os preconceitos inseridos nessa discussão e garantir um envelhecimento digno e com qualidade de vida.