Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título USO DO PRESERVATIVO POR CASAIS HETEROSSEXUAIS EM UNIÃO ESTÁVEL
Autores
ÍTALA MÔNICA DE SALES SANTOS (Relator)
JOELMA BARROS DE SOUSA
ANA IZABEL OLIVEIRA NICOLAU
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Monografia

Resumo
As Doenças sexualmente transmissíveis, principalmente o HIV/AIDS, continuam a representar um grande problema de saúde pública. O maior crescimento de contaminação pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) compreende a população de mulheres que mantém relação sexual do tipo heterossexual e vivem em união estável. Esta pesquisa teve como foco principal discutir as relações afetivas, sexuais e de poder na vida conjugal e sua relação com o uso de preservativos por mulheres heterossexuais em união estável na prevenção das DST’s/HIV. Para isso realizou-se um estudo descritivo-exploratório de abordagem quantitativa em uma das duas Unidades de Saúde da Família, do município de Sussuapara, estado do Piauí, Brasil, localizada na zona urbana. Da população de 237 mulheres com idades compreendidas entre 18 e 49 anos cadastradas na referida unidade obteve-se uma amostra de 147, calculada com a fórmula para estudos transversais com população finita. A coleta de dados ocorreu nos meses de agosto e setembro de 2011, por meio de busca ativa nas residências das mulheres, utilizando um questionário semi-estruturado adaptado de Araújo (2011). O questionário foi aplicado após cada paciente ser informada sobre os objetivos da pesquisa e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram analisados pelo software estatístico SPSS, versão 17. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob o número (CAAE): 0303.0.045.000-11. Os resultados evidenciaram um baixo uso do preservativo entre as mulheres em seus relacionamentos, que relataram não o fazerem por confiança no parceiro (66,3%) ou por ele não gostar de usar (26,5%). Os parceiros não apóiam-nas no uso do condom, e justificam tal atitude no fato de o parceiro não possuir outra parceria (36,1%), por acreditarem ser desnecessário (32%) e outras (19,4%) relataram a diminuição do prazer como motivo levado em conta pelo parceiro. Quanto a atitude frente à recusa do parceiro para usar preservativo a maioria (68,3%) respondeu que concordariam em ter relações se conhecessem bem o parceiro. Quanto ao uso de drogas pelas participantes e seus parceiros houve uma prevalência significativa de indivíduos que não realizam tais práticas. Percebe-se uma grande vulnerabilidade dessas mulheres ás DSTs/AIDS, que como são doenças relacionadas ao comportamento sexual dos indivíduos, evitar um comportamento de risco é a forma mais eficaz de não contraí-las.