Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título PRÁTICAS INTERATIVAS E COMPLEMENTARES NA PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autor
VERA LÚCIA SIQUEIRA (Relator)
Modalidade Comunicação coordenada
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Relato de experiência

Resumo
(INTRODUÇÃO) A história evidencia que o homem tem buscado diversas soluções para o enfrentamento da doença. Essa procura surgiu quando a ciência moderna tornou-se incapaz de responder às necessidades e questionamentos do ser humano. Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem dando atenção especial a procedimentos diferentes dos praticados pela terapia convencional, dentre os quais, a homeopatia, fitoterapia, orações, entre outros, que possibilitam a superação do modelo puramente medicalizador para a visão holística do ser humano. No Brasil, a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, traz mudanças no âmbito da atenção básica, no qual destaca-se, a Estratégia Saúde da Família (ESF). Neste contexto, apresenta-se um vasto campo de práticas integrativas e complementares utilizadas na promoção à saúde na prevenção e tratamento de doenças. O objetivo deste estudo é relatar a experiência vivenciada dos usuários participantes do grupo Paz e Equilíbrio da Unidade de Saúde da Família de Nova Cidade - Natal/RN, a partir de uma visão holística. Nessa perspectiva, foi incluído nas atividades do grupo Paz e Equilíbrio, além das atividades já , as seguintes práticas: orações, preces, leitura do evangelho, cânticos religiosos, meditação, lian gong, automassagem, entre outras. O grupo Paz e Equilíbrio teve inicio em maio de 1999 com a implantação da ESF na unidade . O grupo é constituído por 30 usuários de diferentes religiões. As reuniões ocorrem às terças-feiras, das 14:00 às 17:00 horas . (RESULTADOS) Os participantes do grupo apontam como efeitos relevantes dessas vivências: construção dos vínculos de lazer e sociais, redução do estresse, da depressão, aumento da socialização, da auto-estima, melhoria na interação familiar, conforto, segurança, melhoria dos níveis pressóricos e diminuição do uso de medicação anti-hipertensiva e psicofármacos. Vale ressaltar que após a inclusão dessas práticas, os idosos apresentaram uma maior adesão ao grupo. (CONCLUSÕES) Assim sendo, outras formas de tratamento agem sobre o doente e abrem espaço para modificar alguns aspectos do processo, transformando-o em uma assistência integral, acolhedora e humanizada. Portanto, entende-se que as práticas integrativas e complementares encontradas pela população podem indicar caminhos possíveis, pois não exigem muitos recursos financeiros para o estabelecimento de políticas públicas que realmente venham ao encontro ao que a população precisa e tem direito.