As síndromes demenciais são problemas mentais prevalentes na população idosa, podendo repercutir em sua vida, na família e na relação com a sociedade. São as principais causas de anos vividos com incapacidade, pois levam à perda da independência e da autonomia. O presente estudo visou rastrear alterações cognitivas em idosos cadastrados na Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Três Lagoas/MS, utilizando o instrumento de Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Trata-se de um estudo descritivo de coorte transversal, realizado na ESF da Vila Haro II e II. A amostra foi composta de 62 idosos com idade igual ou superior a 60 anos. A coleta de dados ocorreu durante os meses de abril e maio de 2008, por meio de entrevista no domicílio dos idosos. Em relação aos resultados do MEEM, observou-se que dos 62 sujeitos (100%), 44 (71%) permaneceram sem alterações cognitivas, e destes, 18 (29%) estavam com o escore total abaixo da normalidade. Em relação aos idosos analfabetos, dos 17 (100%), 12 (70,6%) estavam normais e cinco (29,5%) demonstraram alterações cognitivas, os de 1 a 3 anos de escolaridade, que são 13 (100%), 10 (77%) estavam normais e três (23%) revelaram alterações cognitivas, já os com 4 a 7 anos de escolaridade, destes 21 (100%), 17 (81%) permaneceram sem alterações cognitivas e quatro (19%) demonstraram alterações cognitivas e os com 8 ou mais anos de escolaridade, dos 11 (100%), cinco (45,4%) estavam normais e seis (54,6%) revelaram alterações cognitivas. Vale enfatizar que estes idosos serão encaminhados para uma avaliação mais aprofundada em um serviço especializado. Acredita-se que estudos dessa natureza são necessários para obtenção de um panorama de saúde da população, objetivando assim, bases mais seguras e concretas para o atendimento integral à saúde da população. |