OBJETIVOS: Analisar a representação da Insuficiência Renal Crônica (IRC) em um paciente submetido ao transplante renal (Tx) e decrever as implicações dessa representação para o cuidado de enfermagem. REFERENCIAL TEÓRICO: Neste estudo empregou-se o pressuposto teórico das representações na vertente processual, segundo MOSCOVICI, 2003. METODOLOGIA: O presente estudo obedece as regras da ABNT. A abordagem utilizada foi do tipo estudo de caso, adotando uma abordagem qualitativa. O sujeito do estudo foi um cliente portador de IRC e submetido ao Tx renal. Para obtenção dos dados utilizamos duas técnicas de coleta: a livre associação de palavras, a entrevista semidirigida. Para a interpretação dos dados usamos a técnica de análise temática. RESULTADOS: Constatou-se a emergência de duas unidades temáticas. IRC - uma “fatalidade” da vida: a IRC foi associada a uma “fatalidade”, pois o entrevistado desconhecia as causas predisponentes da patologia. Quando obteve a confirmação do diagnóstico, surgiu o interesse em conhecer as causas que levaram ao desenvolvimento da doença. Tx renal -uma nova definição de viver: no processo de enfrentamento da doença, o entrevistado relatou medo que o Tx não evoluísse de modo positivo. Mas o amor da sua irmã, a qual foi a doadora renal incentivou a acreditar que o Tx poderia contribuir com a melhora da sua qualidade de vida. Após sete meses do Tx renal, o entrevistado afirma que voltou a viver. CONCLUSÕES: O processo de evolução lento e progressivo da IRC contribuiu para a formação de um pensar vinculado a “fatalidade”. Porém, as medidas de educação em saúde contribuem para prevenção e diagnóstico precoce da IRC. O conhecer do pensar sobre a patologia bem como dos medos pertencentes ao paciente a cerca do Tx renal ajudam na determinação de um cuidado holístico, tomando como referência à família, a patologia, a insegurança que envolvem o cliente. |