A Assistência Domiciliar (AD) refere-se às atividades básicas que devem ser realizadas pela equipe de saúde, através das visitas domiciliares, para responder as necessidades de pessoas que, de forma temporária ou permanente, estão incapacitadas para deslocarem-se aos serviços de saúde. Neste contexto se insere os cuidadores familiares que desempenham um papel importante uma vez que assumem a responsabilidade do cuidar em casa do membro familiar enfermo. Assim o presente estudo busca compreender a percepção que o cuidador familiar tem sobre a sua função na assistência domiciliar ao enfermo. É uma pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica, realizada com 11 cuidadores familiares de diferentes famílias, através de entrevista semi-estruturada realizada na residência desses atores sociais, localizadas na área adscrita da Unidade Básica de Saúde - Caldeirões nos meses de Setembro e Outubro de 2007 em Caxias – MA. Observou-se que os cuidadores familiares entendem a AD, como uma atividade desenvolvida pelos profissionais de saúde, que o atendimento deve ser humanizado e promovedor de educação. Pode-se compreender que os cuidadores percebem a sua função de cuidador, embora alguns a realizem pelo fato de não existir outra pessoa que o faça, principalmente quando esse cuidador é idoso e doente. O cuidado é considerado como atribuição feminina. Analisou-se que embora exista uma deficiência de informações que contribuam no processo de assistência ao enfermo, grande parte dos cuidadores sentem-se preparados para atender as necessidades do doente. Identificou-se também que os cuidados oferecidos atualmente pelos cuidadores familiares envolvem não só as atividades diárias como a busca de subsídios que criem uma situação de conforto para o enfermo. |