O trabalho teve como objetivo quantificar a incidência de Giárdia lamblia e suas complicações para o desenvolvimento de crianças, como a associação com a anemia. Sendo a G. lamblia uma enteroparasitose frequentemente causadora de diarréias agudas e crônicas, que afeta principalmente crianças, que são a população que mais sofre com as manifestações patogênicas do parasita (NEVES, 2000. pg 125) resultando frequentemente em índices elevados de anemia, fato que coloca a criança em risco no desenvolvimento normal, e gera complicações futuras para essa criança, quando expostas a um longo período. Realizou-se um estudo retrospectivo, de análise documental das fichas de atendimento de crianças e adolescentes de 6 meses a 12 anos , baseou-se em exames de fezes e hemograma para identificar, respectivamente G. lamblia e anemia. Para avaliar a anemia foi adotado o critério de World Health Organization (WHO), que considera anemia em crianças até 12 anos, a hemoglobina <11g/dL. A presença da G. lamblia é comum e semelhante aos valores encontrados nas pesquisas com crianças, sendo 26% amostras analisadas positivas. Quanto a anemia, foi de 22%, índice baixo que pode ter tido influência do acompanhamento regular dessas crianças. A faixa etária é bem delimitada pela infecção por giardíase, sendo a mais atingida entre 1 a 6 anos com 64,7%, e remete à crianças em idade pré-escolar, com mais chances de proliferar este protozoário devido a falta de higiene, mais segundo (REY, 2001, pg 276) a incidência alta durante a infância tende a cair progressivamente, como pode ser observado no resultado encontrado, onde 22,3% tinham de 7 a 9 anos; e 12,9% de 10 a 12 anos. Dessa forma, os resultados foram dentro padrão de pesquisas semelhantes, como o índice de G. lamblia e a idade de maior incidência. Embora a presença de anemia seja considerada aceitável, é preciso sempre estar em busca de medidas que melhorem a qualidade de vida do indivíduo e o faça crescer com condições dignas. |