Objetivos: Demonstrar a importância do reconhecimento da linguagem da dor pelos profissionais de saúde do recém-nascido (RN). Referencial teórico: Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor, a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a lesões reais ou potenciais. Inúmeros estudos têm apontado para a existência de um vocabulário facial inato de sinais emocionais: ao expressar as emoções básicas de tristeza, alegria, nojo, raiva e medo, a face humana fala uma linguagem universal. A dificuldade no reconhecimento da dor pelo profissional de saúde está na não verbalização do RN ao senti-la. Uma série de parâmetros fisiológicos e comportamentais se modifica no RN diante de um estímulo doloroso, desde a freqüência cardíaca e respiratória, pressão arterial, até o movimento corporal, a mímica facial, o choro, entre outros. Metodologia: Este estudo foi baseado em revisão bibliográfica de artigos científicos disponíveis nas bases de dados LILACS e Scielo, utilizando as palavras-chave: “dor”, “neonatal” e “recém-nascido”, sendo estes publicados no período de 1997 a 2007. Análise de resultados: A maioria dos estudos revisados mostra que os profissionais de saúde identificam a dor do RN por meio de alterações comportamentais e fisiológicas. Alguns autores relatam que as manifestações de agitação e choro são consideradas como sinais mais freqüentes associados à dor, sugerindo, ainda, que as alterações comportamentais são mais específicas ao estímulo doloroso do que as fisiológicas. Conclusões: Muitas vezes, a linguagem emitida pelo RN é subestimada pela equipe de saúde, pois muitos acreditam que o bebê precisa de consciência para expressar-se. Desta forma, faz-se necessário que os profissionais envolvidos com o RN devam estar aptos a decodificar e reconhecer a linguagem de dor, a fim de que possam exercer a sua função e obrigações máximas: diminuir o sofrimento do paciente, proporcionando a recuperação e desenvolvimento normal do RN. |