A Organização do Ministério da Saúde definiu cuidados paliativos (1990.p 22) o cuidado ativo total dos pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento curativo. A Clínica de Cuidados Paliativos Oncológicos recebe pacientes provenientes da triagem e do ambulatório. O tempo de permanência no setor varia de acordo com o tipo de doença e a gravidade. Uma das características desta clínica é o grande número de óbito, mas também existe um número razoável de altas. OBJETIVO: Analisar o gerenciamento dos serviços de enfermagem na Clínica de Cuidados Paliativos Oncológicos; detectar carências, dificuldades; apresentar sugestões para amenizar os problemas encontrados; abordar o tema cuidados paliativos; analisar a conduta dos profissionais técnicos diante do processo morte. METODOLOGIA: A pesquisa desenvolvida foi de caráter qualitativo, tendo como método a observação sistematizada. O estudo foi desenvolvido em uma Clínica de cuidados paliativos oncológicos de um Hospital Público de Belém-PA, referência em oncologia. Tivemos como informantes quatro enfermeiras, sendo uma residente, uma enfermeira da visita domiciliar e um técnico de enfermagem. ANALISE DOS RESULTADOS: Diante do que foi observado, notamos que o Técnico de Enfermagem estava trêmulo e agitado frente à situação de morte. Depois fomos indagar a quanto tempo ele estava trabalhando naquele setor, ele disse que estava ali há mais ou menos 45 dias. Evidenciou-se que o técnico de enfermagem naquele momento não estava preparado para a realidade do óbito do paciente, demonstrando dificuldade extrema para lidar com a morte. CONCLUSÃO: Neste sentido, o profissional que trabalha com cuidados paliativos deve estar preparado a lidar com sentimentos que irão emergir durante o seu trabalho. Seu diferencial é a habilidade de controlar contingências do processo de morrer, podendo assim, tornar a experiência do final da vida como um momento de reflexão para todos. |