As síndromes demenciais são problemas mentais prevalentes na população idosa, podendo acarretar repercussões na sua vida, na família e na relação com a sociedade. A literatura evidencia que o idoso diabético apresenta um desempenho cognitivo inferior se comparado aos idosos não diabéticos. Sendo assim, o presente estudo visa rastrear alterações cognitivas em idosos diabéticos tipo 2 cadastrados na Associação dos Diabéticos de Ilha Solteira (ADIS), por meio do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). A amostra foi composta por 30 idosos com idade igual ou superior a 60 anos. A coleta de dados ocorreu durante os meses de abril e maio de 2008. Os dados foram coletados por meio de entrevista no domicílio dos idosos. Todos os preceitos éticos foram seguidos. Em relação aos resultados, observou-se que a idade variou de 60 a 81 anos, sendo que 56,7% dos sujeitos estavam na faixa etária de 60 a 69 anos, a maioria era do sexo feminino (73,3%), casados ou moravam com companheiro (70,0%), tinham de 1 a 3 anos de escolaridade (43,3%) e eram católicos (60,0%). Em relação aos dados clínicos, o tempo de diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) variou de 1 a 39 anos. Em relação às patologias associadas, 50,0% tinham pelo menos uma patologia associada e destes, 56,7% tinham hipertensão arterial sistêmica. Em relação às alterações cognitivas, observou-se que 13 sujeitos (43,3%) estavam com o escore total no MEEM abaixo da normalidade. Conclui-se que o número de idosos diabéticos com alterações cognitivas foi alto. Vale enfatizar que estes idosos serão encaminhados para uma avaliação mais aprofundada em um serviço especializado. Além disso, almeja-se ampliar esta pesquisa para todos os idosos atendidos nesta associação buscando rastrear outros casos. Acredita-se que estudos dessa natureza sejam necessários para que se possa obter um panorama de saúde da população, objetivando assim, bases mais seguras e concretas para o atendimento integral à saúde da população. |