Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título COMUNICAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PACIENTES SURDOS NA UNIDADE DE SAÚDE DE SANTO ANTÔNIO EM VITÓRIA-ES
Autores
CARIN QUEIROZ KLUEGER (Relator)
JANINE MOREIRA ARAÚJO CUPERTINO
ELIONETE STAUFFER DE ANDRADE
Modalidade Pôster
Área Enfermagem em saúde coletiva
Tipo Pesquisa

Resumo
A dificuldade e falta de privacidade dos surdos no atendimento de saúde foram os motivos que nos levaram a realização deste trabalho, que teve como objetivo geral analisar o processo da comunicação entre o profissional de saúde e o paciente surdo no momento do atendimento, conhecendo assim a reação do profissional frente a um paciente surdo, descrevendo o tipo de comunicação utilizada entre eles e colhendo sugestões que facilitem esta comunicação. De acordo com Marin e Góes (2006) os surdos quando vão para locais públicos como setores de saúde, principalmente em consultórios médicos, existe não apenas uma limitação na autonomia, mas também a redução da privacidade, muitas vezes crucial para o diagnóstico e o tratamento, pois sempre vão acompanhados por familiares para que sejam interpretadas as suas consultas, devido à ausência de interlocutor que use a língua de sinais. Trata-se de uma pesquisa de campo com coleta, transcrição, tabulação e análise de dados, onde as entrevistas foram realizadas com trinta profissionais de saúde que trabalham na Unidade de Saúde de Santo Antônio, localizada na região da Grande Vitória-Es. Durante o atendimento, 53,3% dos entrevistados reagem normalmente quando deparados com pacientes surdos, porém 63,3% dos surdos atendidos têm reações de estresse. Possivelmente os profissionais e estes pacientes não estão no mesmo nível de compreendimento no momento do atendimento, onde as reações de agitação, nervosismo e dificuldades dos pacientes surdos podem estar sinalizando que existem falhas de comunicação ou alguma insatisfação no atendimento. De acordo com as sugestões dos entrevistados, 63,3% acreditam que a capacitação para melhorar a comunicação com os surdos seria muito importante, onde atenderia tanto as necessidades dos profissionais como dos pacientes. Consideramos que um curso básico de Libras – Língua Brasileira de Sinais facilitaria essa comunicação, conseqüentemente o acolhimento e a humanização no atendimento ao paciente surdo.