AVALIAÇÃO DA VARIAÇÃO DA SPO2 DE ACORDO COM A TEMPERATURA DA ÁGUA DURANTE O BANHO NO LEITO
INTRODUÇÃO: O banho do doente crítico é a uma técnica complexa que envolve conhecimentos científicos e permite avaliar achados semiológicos importantes. Em geral, a água morna para o banho é coletada do chuveiro, e não há técnicas ou instrumentos que mantenham sua temperatura constante durante o procedimento. Sendo o CTI um ambiente refrigerado, o esfriamento da água se dá mais rapidamente, provocando tremores para produzir calor corporal, acarretando em maior consumo de oxigênio. OBJETIVO: comparar a variação da SpO2 durante o banho de doentes críticos, com e sem controle da temperatura da água. METODOLOGIA: estudo quantitativo, quase-experimental, tipo antes e depois sobre a variação da SpO2 registrada antes, durante e após o banho do doente crítico no CTI de um hospital universitário. Foram incluídos 30 doentes de ambos os sexos, adultos e enquadrados no TISS classe II ou III. REFERENCIAL TEÓRICO: o banho no leito é destinado a doentes dependentes que precisam de higiene total. Pode ser exaustivo para o doente, mesmo que o enfermeiro realize todos os cuidados. A mudança de decúbito e o recebimento de cuidados de higiene na coluna aumentam a demanda por oxigênio em pessoas sadias. A exposição ao frio pode causar prejuízos ao corpo, pois em caso de em contato com água gelada por 20 a 30 minutos, pode gerar distúrbios cardíacos. RESULTADOS: observa-se que o controle da temperatura da água implica em menor variação da SpO2, levando à manutenção da estabilidade clínica dos doentes, já que todos tiveram queda na média da SpO2 durante o controle. CONCLUSÃO: a avaliação sobre o impacto da temperatura da água sobre a saturação reveste-se de enorme relevância, já que permite identificar riscos e minimizar possíveis efeitos adversos desta técnica pouco discutida. Assim, podemos prestar cuidado de qualidade e contribuir efetivamente para o restabelecimento da saúde dos doentes graves. |