Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título A COMPREENSÃO E ACEITAÇÃO DO PRESERVATIVO MASCULINO ENTRE AS USUÁRIAS DE UM CENTRO ESCOLA DE BELÉM.
Autores
LOURDES OLIVEIRA GOMES (Relator)
JOANA CATARINA VASCONCELOS LUCENA
NEIVA JOSÉ DA LUZ DIAS JUNIOR
EDILENE DA SILVA BRITO
PATRICK NASCIMENTO FERREIRA
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde da mulher
Tipo Pesquisa

Resumo
O aumento da vulnerabilidade feminina à contaminação por Doenças Sexualmente Transmissíveis é uma constatação que há tempos preocupa os profissionais de saúde. Esta por sua vez, ganhou força a partir dos levantamentos epidemiológicos a respeito da disseminação do HIV no Brasil, onde, de acordo com o Ministério da Saúde, do total de casos notificados até junho de 2006, 32,8% eram mulheres, em 2003, a taxa de incidência foi 16,1 por 100.000 hab. entre mulheres. Comprovando assim, que a femilização do HIV, e de outras DST, vem sofrendo uma elevação sistemática. Com o intuído de verificar os conhecimentos e a aceitação sobre o uso do preservativo masculino, foi realizada uma pesquisa de campo, construída a partir da realização de uma entrevista semi-estrutura com 50 mulheres na faixa etária de 15 a 65 anos, e que realizam o PCCU, em um posto escola da cidade de Belém. Para elucidar a construção desse estudo, optou-se pela análise quanti-qualitativa dos dados. Das entrevistadas, 100% afirmam conhecer o preservativo, mas apenas 35% delas já usarão o mesmo, e destas, apenas 16% relatam que o uso da camisinha é freqüente em sua vida sexual. Já 65% confirmam que a grande dificuldade, quanto ao uso do preservativo, é o incomodo que este traz durante o ato sexual. Da amostra total, 44% afirmam que em algum momento de sua vida já tiveram alguma DST. Considerando os dados expostos anteriormente, é possível detectar que as mulheres que freqüentam o posto escola possuem um bom conhecimento sobre a importância da camisinha, porém não aplicam, ou desvalorizam esse conhecimento em suas vidas. Foi possível perceber ainda, que a utilização da camisinha é proporcionalmente maior nas mulheres que já tiveram um diagnóstico de DST em algum momento da vida. Sendo assim, o presente estudo confirma que a vulnerabilidade feminina às DST está diretamente relacionada com as ações de educação em saúde, que devem ser melhoradas, ajudando na mudança de comportamento dessas mulheres.