O aumento da vulnerabilidade feminina à contaminação por Doenças Sexualmente Transmissíveis é uma constatação que há tempos preocupa os profissionais de saúde. Esta por sua vez, ganhou força a partir dos levantamentos epidemiológicos a respeito da disseminação do HIV no Brasil, onde, de acordo com o Ministério da Saúde, do total de casos notificados até junho de 2006, 32,8% eram mulheres, em 2003, a taxa de incidência foi 16,1 por 100.000 hab. entre mulheres. Comprovando assim, que a femilização do HIV, e de outras DST, vem sofrendo uma elevação sistemática. Com o intuído de verificar os conhecimentos e a aceitação sobre o uso do preservativo masculino, foi realizada uma pesquisa de campo, construída a partir da realização de uma entrevista semi-estrutura com 50 mulheres na faixa etária de 15 a 65 anos, e que realizam o PCCU, em um posto escola da cidade de Belém. Para elucidar a construção desse estudo, optou-se pela análise quanti-qualitativa dos dados. Das entrevistadas, 100% afirmam conhecer o preservativo, mas apenas 35% delas já usarão o mesmo, e destas, apenas 16% relatam que o uso da camisinha é freqüente em sua vida sexual. Já 65% confirmam que a grande dificuldade, quanto ao uso do preservativo, é o incomodo que este traz durante o ato sexual. Da amostra total, 44% afirmam que em algum momento de sua vida já tiveram alguma DST. Considerando os dados expostos anteriormente, é possível detectar que as mulheres que freqüentam o posto escola possuem um bom conhecimento sobre a importância da camisinha, porém não aplicam, ou desvalorizam esse conhecimento em suas vidas. Foi possível perceber ainda, que a utilização da camisinha é proporcionalmente maior nas mulheres que já tiveram um diagnóstico de DST em algum momento da vida. Sendo assim, o presente estudo confirma que a vulnerabilidade feminina às DST está diretamente relacionada com as ações de educação em saúde, que devem ser melhoradas, ajudando na mudança de comportamento dessas mulheres. |