O objetivo desta pesquisa foi conhecer a prevalência de Trichomonas vaginalis em mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Patos-PB. O T. vaginalis é o agente etiológico da tricomoníase, a doença sexualmente transmissível (DST) não viral mais comum no mundo. A prevalência mundial anual da tricomoníase é de 170 milhões de casos (CARLI; TASCA, 2005). A infecção apresenta uma ampla variedade de manifestações clínicas, desde quadro assintomático até severa vaginite (BARRIO et al., 2002). As principais são: corrimento abundante, amarelado ou amarelo-esverdeado, bolhoso, com odor anormal; prurido e/ou irritação vulvar; disúria; colpite difusa e/ou local com aspecto de framboesa (BRASIL, 2006). A terapia inclui as mesmas medidas profiláticas destinadas às outras DSTs, como prática de sexo seguro e uso de preservativos. Foi realizado um estudo retrospectivo utilizando o livro de protocolo de entrega de resultados de exames de citologia cérvico-vaginal na USF Osman Ayres, na cidade de Patos, Paraíba, sendo revisados 671 resultados no período de julho de 2004 a abril de 2008. Destes, foram coletados os dados das pacientes com T. vaginalis, independente de sua associação com outros microrganismos (n=62). Para a análise estatística utilizou-se o programa Epi-Info, versão 3.3.2. A prevalência de T. vaginalis no geral foi de 9,2%. A freqüência deste protozoário juntamente com a G. vaginalis prevaleceram em 69,3% dos casos; T. vaginalis + Cocos em 19,4%, T. vaginalis isoladamente 6,5% e T. vaginalis + Candida sp em 4,8%. Observou-se uma correlação entre essa infecção e presença da bactéria G. vaginalis. A prevalência de T. vaginalis foi maior em mulheres de 20 a 29 (38,7%) anos de idade, indicando atenção especial por parte do profissional de enfermagem junto a essas mulheres que se mostraram como a faixa etária mais acometida por essa DST. |