Introdução: A reforma psiquiátrica nasceu com o objetivo de superar o estigma, a institucionalização e a cronificação dos doentes mentais. Para isso, é necessária a humanização do atendimento ao psicótico, a territorialização dos dispositivos de atenção e a construção de alternativas diversificadas de atenção. As práticas assistenciais devem potencializar a subjetividade, a auto-estima, a autonomia e a cidadania e devem superar a relação de tutela e a institucionalização/ cronificação. A proposta da reforma psiquiátrica quanto à reformulação do papel dos trabalhadores de saúde vem ao encontro das reflexões sobre o cuidado de enfermagem ao portador de transtorno depressivo. Objetivos: Aplicar a sistematização da assistência nas etapas de diagnóstico e intervenção, na prática de saúde mental, além de relacionar a vivência em campo de prática com o referencial teórico da área da saúde mental. Metodologia: Realizado um estudo de caso no Hospital de Saúde de Fortaleza, em abril de 2008. Foram colhidos dados através de entrevistas durante a permanência de uma paciente com um quadro depressivo no hospital-dia. Foram identificados diagnósticos e intervenções de enfermagem baseadas nos fundamentos da Nanda e Capenito. Resultados: Como a paciente apresentava depressão, foram verificados alguns diagnósticos, dentre eles podemos citar os mais importantes: Baixo auto- estima situacional relacionada à perda, Risco de Suicídio, Risco de Solidão e Isolamento Social. Foram propostas as seguintes intervenções: ouvir; encorajar a colocação do evento traumático; fortalecer a auto-estima; auxiliar a desenvolver mecanismos positivos de enfrentamento e auxiliar para aprender novas habilidades de enfrentamento. Conclusão: Pudemos analisar a importância da sistematização da assistência de enfermagem na comunicação terapêutica, do acompanhamento do profissional com os pacientes do Hospital Mental proporcionando uma melhora na saúde mental do paciente e em sua interação familiar e social. |