A educação em saúde representa uma ferramenta importante para trabalhar sexualidade na adolescência, bem como despertar meios para vivenciá-la de modo seguro tendo em vista a promoção de sua saúde. Paiva (2006) ressalta que devido ao tempo de permanência dos jovens na escola e às oportunidades de troca e convívio social, a escola não pode se omitir diante da relevância dessas questões. Diante disso, desenvolveu-se junto a adolescentes de dez escolas públicas do município de Barbalha-CE, ações educativas com ênfase na orientação sexual, discutindo-se mudanças anatômico-fisiológicas, comportamento sexual, métodos contraceptivos e DST/AIDS. O estudo se deu de agosto a novembro de 2007, com aplicação de pré-teste a 20% da clientela e início das atividades educativas, tendo como público-alvo os adolescentes da 8° e 9° séries. Durante o processo educativo, utilizou-se palestra com material expositivo, teatro de fantoche, dinâmica e espaço para dúvidas. Dos 134 pré-testes analisados a faixa etária limitou-se de 12 a 18 anos; 28,03% dos adolescentes referem ser sexualmente ativos, com média de idade de 14 anos para primeira experiência sexual; 66,41% dos alunos consideram que por diversos fatores o preservativo não é usado pelos adolescentes. A AIDS é a DST mais conhecida, seguida por gonorréia e sífilis. Quanto ao diálogo na família sobre sexualidade 43,08% nunca conversam com os pais, 32,3% poucas vezes, 14,62% raramente e apenas 10% conversam abertamente sobre o tema. Quanto à fonte das informações, um percentual maior de alunos recorre à escola quando comparado a outros meios, como internet, namorado (a), amigos, pais, livros e revistas. Ressaltando-se a necessidade de maior preparação da escola para atender as necessidades do adolescente. O processo se deu de forma construtiva e os escolares participaram de forma efetiva dos momentos realizados, questionando acerca dos assuntos apresentados. |