Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título ABORTO PROVOCADO: PERFIL DAS MULHERES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM DE BACABAL – MA
Autores
FRANCIDALMA SOARES SOUSA CARVALHO FILHA (Relator)
CÍNTIA DE LARA ALMEIDA SOUZA
REVANILDO ALVES PINHEIRO
MARIA BEATRIZ PEREIRA DA SILVA
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde da mulher
Tipo Monografia

Resumo
Introdução: as mulheres em idade reprodutiva sabem o que significa a angústia do atraso menstrual quando não se pretendem engravidar. No entanto, quando a gestação acontece só existem dois caminhos: o parto ou o aborto. Inúmeros são os motivos que levam as mulheres a provocarem um aborto: fatores econômicos, sociais, culturais e/ou psicológicos, insegurança, medo de exclusão por parte da família e até mesmo desespero, pois a gravidez não estava nos seus planos. O aborto torna-se, então, a única saída para elas e, neste desafio, elas arriscam suas próprias vidas, quando decidem interromper a gravidez utilizando-se de quaisquer recursos. Objetivo: traçar e analisar o perfil de mulheres que provocaram aborto, procurando elucidar as razões que as levaram ao ato. Metodologia: estudo exploratório-descritivo com enfoque quantitativo. A amostra constou de 42 mulheres que se submeteram à curetagem em uma unidade de saúde. Resultados: 59% tinham menos de 20 anos; 50% possuíam apenas o ensino fundamental; 64% residiam na zona urbana; 88% eram solteiras; 78% moravam com os pais; 64% ratificaram renda abaixo de um salário mínimo. Dentre os métodos utilizados para provocar o aborto, o mais afirmado foi o Cytotec (52%). Quanto ao motivo pelo qual provocaram o aborto, 52% afirmaram o medo de exclusão da família. 43% referiram um mal-estar psicológico após ter provocado o aborto, porém, 50% delas encaram o aborto como única solução para negligenciar sua responsabilidade sobre a gravidez. Conclusão: evidencia-se a problemática da falta de um plano assistencial de educação em planejamento familiar para mulheres em idade fértil e de classe socioeconômica mais baixa. Portanto, devem-se buscar estratégias que reduzam o número de gestações não planejadas, diminuindo percentual de aborto provocado e suas possíveis complicações, o que ocasionará uma redução nos gastos por internações obstétricas por aborto.